Pra não dizer que não falei da Lua

Pra não dizer que não falei da Lua

Dá janela de meu quarto, vejo a lua. Não é uma lua cheia. Apenas metade dela se ilumina. Mesmo assim, sua luz trás conforto ao meu coração. Sinto que não estou só.

Num céu escuro, envolta em uma névoa, própria das noites que antecedem o inverno, a lua permanece aparentemente solitária.

A luz proporciona a Lua uma leveza que está longe de existir. Passamos então a aceitar, como normal, sua flutuação no teto negro do céu

Ao contemplá-la percebo que ela apenas devolve a Terra os raios que a iluminam. Imagino sua voz a dizer: ... “Este brilho não é meu; eu o recebo e o distribuo. Sou apenas uma imensa pedra escura solta no espaço, a girar num balé infindável. Entretanto, esta luz qual lanterna a iluminar e dar esperança torna as noites menos escuras e muitos corações menos solitários”

Admiro a Lua!... Percebo que o sentimento está em mim. Não amamos o outro, amamos o que ele desperta em nosso coração..

Respiro fundo! Fecho a janela... Vou me deitar... Estou traquila e iluminada. Afinal, a lua pode ser uma bela companhia...

Lisyt

Lisyt
Enviado por Lisyt em 23/04/2009
Código do texto: T1554401