MINI MICROCRÔNICA: DESPEDIDAS E CHEGADAS
MINI MICROCRÔNICA: DESPEDIDAS E CHEGADAS
Quando saio de casa no barulho do portão Rajada aparece do nada, pula na mureta e impera dengosa um carinho de despedida.
Tem vez que dá tapinhas e morde levemente minha mão.
É sempre assim.
Brigit nunca aparece no portão de despedida. Tem vez que a vejo dentro de casa como uma esfinge Lispector no olhar.
Quando retorno da rua subindo a escada que dá no portão lá no alto da escada sempre está Brigit que vazara pelo portão à espera: se agita, se deita, se rola, se coça, se espreguiça toda.
Faz uma festa. Entro pra dentro de casa e ela continua sua festa peculiar.
É sempre assim.
Rajada, quando aparece, não faz festa nem nada. Fica na dela.
Aquele olhar Lispector no ar.
Bicho estranho essas minhas gatas irmãs...
São pior que gente!
jc.pompeu, mar 2009