Cristalina Lente

Cristalina Lente

- Doce néctar.

-Tenho que ver o que acontece no mundo agora... Hum, outras carnificina ocorrida dentro da região turbulenta do Oriente Médio, Por hoje as pessoas são tomadas por um mal perene e tido por elas como inexorável, não que se interpor as questões mais relevantes do mundo com uma opinião sincera seja de algo tão terrível, Ainda bem que essas mortes feitas pelas “Novas Cruzadas” não se deem por aqui, lugar onde a santa calma clareia os ambientes mais inóspitos e inabitáveis do país, Porem ter-se em conjecturas puramente inidôneas e obviamente ruins, é dar e ter acesso para que ainda mais outras também o possam.

-Agora as noticias nacionais... O povo está melhorando, e cada vez mais pessoas da classe A e B estão diminuindo, contrario da cotação do dólar, que só faz subir, Novidades e noticias interpostas umas sobre as outras provocam um completo não entender, se são boas, ou se péssimas; fazendo com que o leitor tenha apenas sensações de medo, desespero e temor, Outra chacina na rocinha, esta nação esta cada vez mais sendo tragada pelas facções criminosas, Mas o que afinal são as facções a não ser uma forma da população expurgada pelo poder publica conseguir sobreviver; não sejamos tolos em dizer que eles acabam sendo tragados pela perdição do mal, e sim, terminam por executar, assassinar, destruir a vida de outros seres humanos como eles – porem não estamos aqui com intuito de desbravar as mentes destruídas, tragadas para o mal, para o lugar onde dir-se-á o teólogo esbravejador, para o Inferno.

Falemos enfim, do que se passa na sociedade do hoje, do agora,

da hora, do momento.

Acabamos por ver, por sentir, por tanger todos os seus sucessos de uma forma singular, de uma forma tépida, totalmente estéril; ligamo-nos as mídias modernas e assistimos passiveis as informações quais nos são passadas, como se fossemos meros bonecos de ação, e no fundo, fossem as televisões, jornais, computadores, nossas donas.

Vivemos como se para ver um fato, mesmo o qual ocorra bem próximo da porta de nossa casa, não fosse um sucesso, caso jamais seja ele contado através das lentes cristalinas de uma câmera, feito os olhos esbugalhados de uma antiga alcoviteira.

-O Brasil, através dessas letras mágicas, destas fotos perfeitas, desses vídeos fantásticos se mostra cada vez pior... Por acaso ainda havemos de ser tragados pelas palavras vãs das maquinas? Hoje – Tola sociedade – já nelas buscamos candor, carinho e também consternação; será que um dia havemos de ser tragados inteiramente por elas?

Ou no fundo, quem ainda hoje as comando somos nós? Verdadeiras quimeras, verdadeiras ilusões, somos os seus verdadeiros maias, somos como o belo e doce néctar de veneno o qual tem em seu gosto o mais puro mel, porem o sendo letal...

Nós que o fizemos, nós os tolos os quais o tomamos.

Ainda sim há tempo – Como diz um bom amigo meu, Tudo com Tempo, tem Tempo – tempo de melhorarmos, tempo de construir uma mídia correta, tempo de tocarmos o mundo com as mãos, com os dedos, de sentirmos seu doce ar pela manhã, ou o seu frio esbofetear de um desmoronamento no inverno; tempo de vê-lo, e não unicamente conhece-lo, mundo, através de uma lente cristalina.