Bate-papo

Gosto de conversar. Bater um bom papo é comigo mesma. Pode ser sobre qualquer assunto. Educação, política, vida cotidiana, viagens... e até fofoquinhas. Não das pesadas, só algum comentário divertido sobre amigos, familiares ou conhecidos. Nada maldoso.

Quando jovem, tinha sempre as amigas de plantão, com quem podia trocar idéias, saber das novidades, falar sobre filmes, moda, festas, problemas da escola e, principalmente, sobre os meninos que achávamos interessantes. Entre nós, desabafávamos também. Contávamos tudo, tudinho, do que nos afligia. Fossem as brigas com o namorado, broncas da mãe, exigências do pai, as espinhas do rosto, a unha encravada, o zero em matemática. Tudo isso pessoalmente, trancadas no quarto. Ou por telefone.

Hoje a juventude tem, além do telefone normal, cada um o seu celular, a internet, o msn, o orkut e sei lá mais o quê. Já não ficam cochichando trancafiados num canto, contam suas venturas e desventuras aos quatro ventos. Verdadeiras ou falsas.

Mas... será que contam mesmo? Ou só fazem fuzuê?