Beijos, beijinhos, beijocas...

Em nossa cultura, desde sempre estivemos em contato com o beijo. Desde pequenos começamos a recebê-los da mãe, do pai, vovós, tias, visitas... e logo aprendemos a jogar o nosso beijinho com a mão. Toda criança passa por isto, e ainda ouve: que gracinha, que fofinha! Depois passamos a beijar os outros também, quer dizer, irmãozinhos, os adultos da família e as professoras.

O beijo faz parte do nosso cumprimento. Dois beijinhos no rosto, dados com carinho ou maquinalmente, cumprem essa função. Na minha adolescência isto acontecia somente entre as meninas. Beijinhos em rapazes, não. Depois inventaram o terceiro, que era pra arranjar namorado. E um dia surgiu mais um, logo esquecido, pra não morar com a sogra.

O beijo na boca era reservado aos namorados, ou aqueles já casados. Sempre bem disfarçado, nada diante dos outros, à luz do dia. Bom mesmo era no escurinho do cinema...

Hoje tudo mudou, beija-se todo mundo, a qualquer hora e em todo lugar. Não só pelo cumprimento, mas também por amizade, alegria, amor, tristeza ou saudade. E até aquele mais especial se banalizou. Dizem os jovens que na balada, antes de ficar, tudo começa com o beijo na boca. Muito beijo na boca!

É claro que a moda vai e vem e cada um (ou dois) sabe o que mais lhe convém. O beijo nunca deixará de ser expressão de sentimento, seja ele qual for. Principalmente em se tratando de paixão e amor.

E no Brasil, poucos sabem, temos o dia do beijo: o recém-passado 13 de abril. Que, por acaso, é o mesmo do meu aniversário.

Deve ser por isso que sou tão beijoqueira...

Beijinhos pra vocês!