COM A CORDA NO PESCOÇO
Quatro, cinco CPI’s por mês, enchentes, prostíbulos sociais, dinheiro público jorrado em aviões e telefones para parentes e namoradinhas dos políticos, o povo com fome, castelos, palácios não declarados, fazendas produtivas na mão de latifundiários que não produzem e têm cadeiras em casa legislativas... enquanto isso, sem-terras pegam o dinheiro da “reforma agrária” e ao invés de comprar bois, compram motocicletas... mas como plantar em chão duro coberto por nuvens brancas? 40 graus de temperatura e sereno frio... um pingo d’água são Pedro não cospe!
Ribeirinhos sendo levados pelas correntezas das enchentes com suas geladeiras e fogões, as taxas de esgoto e saneamento, as taxas tributárias dos produtos industrializados? Os fogões e geladeiras... políticos em Cancun, Noronha, angra, Dubai...!
Trabalhadores e desempregados a procura de um bate lata qualquer, exprimidos no trem e os vigilantes da concessionária da estação empurrando-os pra dentro da minhoca de metal sob socos e chutes...
...Tá bom! Como não serei nem político nem vigilante...! Espera só... vou ali me matar. Por favor, amanhã não falte ao meu velório...
...Será numa casa muito engraça, sem teto, sem nada , ninguém pode entrar nela não, porque a casa não tem chão, ninguém pode armar uma rede, porque a casa não tem parede, ninguém pode nela mijar, porque pinico não tem lá, mas ela fora feita com muito esmero...
... Fica na rua dos bobos, número zero!
Tomara que nesse além, me encontre por lá o grande Vinícius de Moraes. Bateremos um papo, trocaremos uns versos e minha alma será e sairá lavada!