"ISTO AQUI NÃO É VIDA É UMA TEMPORADA ROUBADA"

Estou batucando o teclado faz tempo, tentando escrever alguma coisa alegre, mas acredito, nem que o ano fosse o de 1594, eu vivesse na Inglaterra, época de Shakespeare, e a Rainha Elizabeth exercesse de sua autoridade absoluta e ordenasse que eu escrevesse uma comédia para o Dia de Reis, eu não conseguiria, no máximo sairia uma tragicomédia, misturaria o real com o imaginário e com um pouco de graça, tentaria enrolar a Rainha, mesmo expondo o meu pescoço à forca. Afinal, por que temeria eu a morte, se penso como Lady Viola o amor impossível de Shakespeare, que diante de suas vicissitudes amorosas, afirmou:“isto aqui não é vida é uma temporada roubada”. Tem razão Lady Viola, esta coisa de amor impossível, incompreendido, não correspondido funciona como um pouco da morte, um grito preso na garganta, que sufoca e torna seca a de quem padecesse e para quem nunca são ditas as palavras que podem umedecê-la. Um dia, e eu já nem lembro quando, devo ter passado por isso; encontrei entre os meus escritos um folha de papel amarelada, um poema que escrevi. Confesso, que quando reli, senti peninha de mim , embora já nem lembre mais de quem fui “vítima”. (coisas de tempos idos , vividos e esquecidos)

POR MAIS QUE PROCURE ENTENDER

A TUA RAZÃO DE SER

RUINDO SE VÃO AS TENTATIVAS E

INSÓLITA A VIDA SE TORNA

LEVADA POR UMA SENSAÇÃO DE VAZIO

IMPOSTA POR TUA PRESENÇA AUSENTE

A MIM SÓ CABE INDAGAR: IMPORTA SABER DISSO,

AMOR?

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 15/04/2009
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