MEU NETO DANIEL, POR ONDE ANDO?
(Cronica para DALIEL ZANELLI)
Querido neto, lembras de mim? Como é bom ouvir isso...
Você sabe que tudo passa pelo amor? E pelos olhos do amor a gente vê os outros. Nada do que é aparente mostra a verdadeira face de cada um de nós. Você me via cuidando dos animais e das plantas, parecia um trabalho tão humilde, não é? Mas eu adorava o que eu fazia. Enquanto ordenhava a vaca, eu conversava com ela e lhe contava todos os meus segredos. E o jeito manso com que ela correspondia entendia tudo. Havia carinho entre nós. Ela todo dia me esperava, esperava o amigo.
E tínhamos outros amigos, que ninguém notava: enquanto eu lidava com ela, iam chegando os passarinhos que ficavam ciscando o capim do chão e alguns ficavam no lombo dela, porque também a amavam, e assoviavam alegremente. As vacas são os animais mais mansos entre os mansos e ainda generosamente fornecem alimento. Trocávamos pensares sobre a vida, a cada manhã filosofávamos.
Quando você aparecia lá por perto eu ficava tão mais feliz. Era quietinho, não era de muita conversa, assim como eu, ficava mais nos seus cismares. Mas nossos olhos se encontravam e rolava toda a confiança e admiração um pelo outro! Na verdade o que acontecia, na calada, era o amor entre avô e netinho ou entre o neto e o avô. Por isso nos sentíamos tão bem perto um do outro.
Agora seu pensar em mim, é saudade que sente desse amigo, meu querido. E esta coisa boa nunca acaba. É alegria. É amor!
Eu me lembro daquele jogo da Copa que vimos juntos e sozinhos. Foi fantástico. E na hora da vitória nos jogamos nos braços um do outro! Que coisa boa! Que felicidade! Coisa boa da vida é isto: viver! Dia a dia tem sempre algo novo a toda volta. É bom demonstrar em PALAVRAS e gestos tudo que vai à alma da gente. Um calado perto da gente, ás vezes está doido para se comunicar, pois também o outro tem um olhar diferente e tem muita coisa para trocar, muita coisa que ele vê e sente, e não tem com quem partilhar. Ou pensa que o outro não vai interessar, e, no entanto o outro vê tanta coisa que a gente não reparou... Viver e confiar na vida, a cada dia...
É o mesmo que confiar no seu próprio coração.
(Cronica para DALIEL ZANELLI)
Querido neto, lembras de mim? Como é bom ouvir isso...
Você sabe que tudo passa pelo amor? E pelos olhos do amor a gente vê os outros. Nada do que é aparente mostra a verdadeira face de cada um de nós. Você me via cuidando dos animais e das plantas, parecia um trabalho tão humilde, não é? Mas eu adorava o que eu fazia. Enquanto ordenhava a vaca, eu conversava com ela e lhe contava todos os meus segredos. E o jeito manso com que ela correspondia entendia tudo. Havia carinho entre nós. Ela todo dia me esperava, esperava o amigo.
E tínhamos outros amigos, que ninguém notava: enquanto eu lidava com ela, iam chegando os passarinhos que ficavam ciscando o capim do chão e alguns ficavam no lombo dela, porque também a amavam, e assoviavam alegremente. As vacas são os animais mais mansos entre os mansos e ainda generosamente fornecem alimento. Trocávamos pensares sobre a vida, a cada manhã filosofávamos.
Quando você aparecia lá por perto eu ficava tão mais feliz. Era quietinho, não era de muita conversa, assim como eu, ficava mais nos seus cismares. Mas nossos olhos se encontravam e rolava toda a confiança e admiração um pelo outro! Na verdade o que acontecia, na calada, era o amor entre avô e netinho ou entre o neto e o avô. Por isso nos sentíamos tão bem perto um do outro.
Agora seu pensar em mim, é saudade que sente desse amigo, meu querido. E esta coisa boa nunca acaba. É alegria. É amor!
Eu me lembro daquele jogo da Copa que vimos juntos e sozinhos. Foi fantástico. E na hora da vitória nos jogamos nos braços um do outro! Que coisa boa! Que felicidade! Coisa boa da vida é isto: viver! Dia a dia tem sempre algo novo a toda volta. É bom demonstrar em PALAVRAS e gestos tudo que vai à alma da gente. Um calado perto da gente, ás vezes está doido para se comunicar, pois também o outro tem um olhar diferente e tem muita coisa para trocar, muita coisa que ele vê e sente, e não tem com quem partilhar. Ou pensa que o outro não vai interessar, e, no entanto o outro vê tanta coisa que a gente não reparou... Viver e confiar na vida, a cada dia...
É o mesmo que confiar no seu próprio coração.