O meu comentário sobre relatividade do idioma:
14/10/05
O meu comentário sobre relatividade do idioma:
A escrita e a fala do português de Portugal e do português do Brasil geralmente dão-se da mesma forma, com algumas peculiaridades, com certeza, mas é preciso ter muito cuidado com os significados desse idioma em cada país em que é falado e escrito, pois não é o mesmo.
Por exemplo: rapariga, em Portugal, significa moça, enquanto no Brasil tem conotação de ‘moça da vida’, rameira.
Cada país, até mesmo cidade, tem a sua própria linguagem. Da mesma forma o português de Portugal e o português do Brasil. As novelas globais mostram muito dessas coisas. Recentemente, a novela “Como uma onda” em que o povo da aldeia falava do jeito deles para a portuguesa Almerinda (Joana Solnado) e como ela não entendia o linguajar deles, ela anotava numa caderneta, como forma de não esquecer e poder se adaptar a região, pois pretendia morar lá. Até ao passar dos séculos, difere também o dialeto, prova disso é a novela “Alma Gêmea” que as mocinhas da época tinha, de falar corretamente, um linguajar mais informal já denotava falta de educação e ate mesmo de decoro.
Observando as traduções trazidas para análise, verifica-se que o mesmo idioma pode ter significados diferentes em cada país em que ele é falado e escrito e até mesmo interpretado, pois a língua não é estática: encontra-se em constante mudança, interagindo entre as novas gerações, mudando o significado entre as diferentes faixas etárias e classes sociais, mostrando que traduzir um texto de um idioma para outro não é uma equação matemática, mas um perfeito conhecimento amplo de história e cultura universais e entendimento do idioma no contexto local.
Adriana Quezado