A BOA MÚSICA PEDE S.O.S.
Tem uma pergunta que gostaria que alguém me respondesse: O que é o Funck? Nem sei se é assim mesmo que se escreve. Só sei que é uma enxurrada de palavras de baixo calão e outras enaltecendo o crime e a violência. Pode até ser que alguém que tenha uma definição mais didática sobre o tema. O que vejo por aí são pessoas parando seus carros, abrindo o porta malas e despejando milhares de decibéis de porcaria nos nossos ouvidos. E o que é pior, as crianças, por serem inocentes, dançam e se requebram ao som desta contra cultura. Tenho saudade dos tempos em que sentávamos nas calçadas com os amigos, e tinha sempre alguém no grupo que arranhava um violão. Tocava-se de tudo, até algumas baladinhas tipo “água com açúcar”, porém, a boa música predominava. E hoje? Façam um teste: Procurem no círculo de amizades de seus filhos, alguém que toque um instrumento ou que conheça uma letra de Chico Buarque ou ainda, que seja capaz de assoviar dois acordes de Tom. Dificilmente encontrarão. A boa música está caindo no esquecimento, e, se os jovens de hoje só ouvem lixo, seus filhos futuramente, não tendo nenhuma referência de qualidade musical, perpetuarão o baixo nível musical e cultural. Os meios de comunicação, detentores de uma boa parcela de culpa, em sintonia com as gravadoras, massificam o que se tem de pior. Tem apresentadores de programas de televisão que anunciam estes artistas medíocres, como se fossem uma referencia musical a ser seguida. Inventam até que eles venderam milhões de cópias de cds. Aí, sem um contra ponto de qualidade, a mocidade só fica conhecendo o pior. Infelizmente.