Respostas
Sabe aqueles momentos em que estamos particularmente inspirados e damos aquela resposta na lata? Ainda que educada, ela inevitavelmente arrancará gargalhadas de nossos ouvintes. Seguem quatro momentos desses. Meus irmãos, que costumam me ler, talvez consigam se lembrar de mais algumas, pois a turma lá em casa é bem pródiga em cenas assim. Divirta-se.
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O marido está lá, há horas olhando o guarda roupa a procura de alguma coisa. “Horas”, no caso, é exagero poético. Eu posso! É uma das maiores vantagens em ser escritora!
Mas, voltando ao marido, olhei a cena, perguntei:
- O que está procurando?
A resposta dele não vem ao caso. Parei ao lado dele, localizei o objeto perdido e lhe entreguei. Ele quis ser engraçado:
- Puxa!! O que seria de você sem mim?
- Uma inútil!
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O banheiro do andar interditado, peguei o elevador lotado para poder me aliviar. Um colega se oferece para selecionar o botão do meu destino:
- Vai aonde?
- Terceiro.
Ele aperta o botão e brinca:
- Passeando, hein!? Que vai fazer no terceiro?
- Xixi!
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Querendo convencer o marido a voltar para a pós-graduação, brinquei:
- Pensa bem! Suas filhas (nossas cadelinhas) iam ficar tão orgulhosas de você se você completasse o curso...
- Minhas filhas vão ficar orgulhosas de mim no dia em que eu pular numa parede e pegar um calango com a boca.
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E a melhor resposta de todas. Repito sempre que me perguntam:
- Tem filhos?
- Tenho é juízo.