A MERENDEIRA DO AMOR
A MERENDEIRA DO AMOR
Marília L. Paixão
TE amo hoje, te odeio amanhã, te amo hoje, te odeio amanhã. Ah! Hoje eu te odeio e amanhã eu te amo. Que amor é este? Deve ser o amor que desce a escada e sobe para cair. Desce para brigar e sobe para gritar que ama. O exagero do não amor de fato. Ama e odeia ou odeia e não ama. Tem gente que quer mesmo é ser bajulado. Vai lá e sobe no telhado e cai para sentir-se ferido. Vai continuar a ler este texto sem sentido?
Ah! Vai. Eu é que não vou continuar este nonsense. Mas eu também sei escrever como se fosse um devaneio tolo. Não passeio por ruas de ouro e nem quero lhe ver. Fui trabalhar, fui esquecer dos poemas que eu não fiz e nem tive vontade de fazer.
Hoje é dia de Marília e já estou feliz por ser quase terça-feira. Hoje é dia de colher cerejas e nunca vi nenhum pé. Breve poderei colher morangos com os meninos que amo. Levarei Dagger, levarei uma limpa alma, estou me enchendo de calma.
Hoje é dia de tomar café em xícaras vermelhas. Dia de sorrir para o mato que cresce e procurar saber onde estão os velhinhos. Que se eles estiverem bem será bom encher a geladeira. Que se eles estiverem bem vamos fazer de conta que eles vão ganhar uma merendeira. Nesta merendeira não colocaremos amo e não amo. "quando a gente gosta é claro que a gente cuida”
O amor não pode ser só da boca para fora.
A beleza do amor reside em sua fidelidade, companheirismo... Sem estes ingredientes fica parecendo um amor daquelas não belas histórias.