NA CONTRAMÃO

Hoje vou me arriscar em uma contramão

Não se trata de nenhuma rodovia, nem mesmo de uma via urbana, pois ainda não estou completamente maluca.

A contramão onde me encontro é a exposição de idéias que não coincidem com as da maioria das pessoas com quem tenho contato.

Quero falar da ênfase que costumamos dar às coisas erradas que observamos por ai.

Um dia desses vi alguém referir-se ao Brasil como “madrasta vil” parodiando Joaquim Osório Duque Estrada que no nosso lindo Hino Nacional deu-lhe o mais carinhoso de todos os nomes “Mãe” e acrescentou “Gentil”.

Não posso pretender que todos amem o Brasil, pois o amor é livre, mas acho que devemos pelo menos respeitar a terra que nos deu o berço, o sustento e muito provavelmente um dia nos receberá em seu solo sem cobrar o amor que não soubemos lhe dar.

O Brasil é lindo, é rico, é acolhedor!

Nem todas as madrastas são vis. A maioria é boa, dentro de suas limitações, como todos nós.

Fala-se muito de corrupção e acredito que ela exista realmente, mas acho que cada um de nós devia fazer a sua parte e deixar as dos outros.

Cada vez que sonegamos um imposto ou aceitamos uma mercadoria sem nota, estamos lesando o Tesouro Nacional, tanto quanto aqueles que roubam milhões e que tanto criticamos.

- Mas, isto é uma ninharia!

Mas é o que estava ao nosso alcance assim como as fortunas roubadas estavam ao alcance daqueles que a roubaram.

E com relação ao nosso Presidente?

Cobramos dele, soluções miraculosas para todos os problemas acumulados através dos séculos. Criticamos sua linguagem, seu comportamento, sua origem humilde e até o seu defeito físico.

Ele não é perfeito, como nenhum de nós o é, mas ninguém pode negar que é inteligente, esforçado, determinado. carismático e a sua origem humilde, a meu ver, só valoriza mais as suas conquistas.

O mal na realidade não tem existência real, é apenas a ausência do bem, assim como as trevas são a ausência da luz.

Se acendermos uma vela não vamos debelar a escuridão, mas se cada um de nós o fizer, haverá mais claridade a nossa volta.

Vou parando por aqui e se, por acaso, dei uma trombada em alguém, me desculpe, essas coisas sempre acontecem com quem se arrisca na contramão...

Maith
Enviado por Maith em 06/04/2009
Reeditado em 07/04/2009
Código do texto: T1526316