HOJE

Hoje eu acordei um pé aquém da existência. Tudo que eu queria era o exílio de meus sonhos não reais, vozes e imagens altívagas, impalpáveis, quiméricas! Uma abstração de almas que se encontrassem e desencontrassem... Pensei por um segundo derramar-me em utopias, momentos que me fizessem não ser nada, apenas ser... Busquei dormir novamente mas meus olhos desacostumaram do antigo sono e tudo se perdeu! Após a ruína de a vida inteira que eu sempre quis, vi-me a espera da dobre alternativa, una, solícita, fiel e meu querer sem paradeiro suicidou-se! Atroz materialização de um destino insípido, dormente, tenebroso... Mas afinal, ao despertar para vida que buscamos, quem é que jamais temeu o impiedoso sobreviver?

“...O hoje nos prova que vencemos o passado...sobreviver é preciso...”

05-04-2009