“CHORAM AS ROSAS”

29 de maio, sol de outono, ali pertinho das 17 horas choveram pétalas de rosas sobre o cemitério municipal da cidade de Araucária. Isto não acontece todo dia, mas naquele momento a Rosa de Araucária se despedia da cidade, e isto também não acontece todo dia. Talvez na natureza nada tenha tanta beleza e utilidade quanto uma rosa. Elas agradam sempre, em qualquer ocasião uma rosa será sempre uma bela mensagem, às vezes ela nos causam soluços, mas isso passa, o que interessa mesmo é a recordação que fica. As rosas quando morrem deixam ao vento suas pétalas, e isto aconteceu com a Rosa de Araucária naquele fim de tarde, mas isto foi no finalzinho. Bonito mesmo foi durante o desabrochar de sua presença entre nós, quem a viu não a esquece. Nas infindáveis reuniões onde Ela com seu sorriso, sua descontração, seu elevado senso de humor oferecia um cafezinho aos presentes para descontrair, e indagava alguma novidade da cidade, se era verdade, se era mentira, se era fofoca. Ela tinha tantas virtudes, mas deixa pra lá...Ela gostava desta cidade como poucos e nos negócios aqui investia tudo que tinha. Lagrimas palavras da alma. Pétalas lágrimas da Rosa. Ah! A Rosa de Araucária sabia ser elegante, sei lá, acho que é um dom das Rosas de Araucária, ali nascidas no berço desta cidade de Thomaz Coelho. Seu rosto sereno e risonho sempre no cumprimento afável com os outros, desde o seu primo Zé, sua amiga Célia, ah, eram tantas as pessoas, agora deixa pra lá...Era bonita a sua relação com o Hissan Hussein Dehaini, uma mistura de ternura, de amor regado a humor, coisa deles, pra muitos, coisa de louco, pra poucos, coisas do amor, mas o amor verdadeiro será de muitos? Será de poucos? Sei lá? Era a Rosa de Araucária. Mulher forte, companheira de todas as horas, empreendedora, queria nossa cidade pra frente. Nada a impedia de avançar. Sempre. Sempre ao lado do marido transformava sonhos em realidade. Detalhista. Defendia com espinhos suas teses, mas era extremamente meiga, de modo que não machucava e a gente acabava concordando. Acreditava em seus projetos. E lutava para realizá-los. Corria contra o tempo. Tinha muitos projetos para esta cidade. Queria um Night Clube em cima do hotel, ou embaixo do heliponto, agora tanto faz à semântica, afinal ela passou para uma outra dimensão onde não há embaixo, nem em cima. Esse sonho ela não concretizou, mas em compensação tudo, tudinho que os arquitetos haviam bolado para o interior do hotel Ela alterou, e ficou ao seu gosto. Cada peça foi analisada, avaliada para finalmente ser colocada na obra. Se quiseres saber do que a Rosa gostava, como era ela, como ela via a vida, não se acanhe dê um pulinho no hotel Rhiad, o seu interior exala a Rosa de Araucária, nos mínimos detalhes. Os homens choram lágrimas quando entristecidos e as Rosas soltam suas pétalas em forma lacrimejante quando se vão, e a vida continua... “E entre outras coisas, choramos por ti!”

( o marido da Rose possui quatro helicópteros que despejaram uma chuva de pétalas de rosas )

bueno
Enviado por bueno em 05/04/2009
Código do texto: T1523230
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