Escolas aos sábados lazer com uniforme
Não é nem preciso ser vidente do futuro para ver que o ensino do estado, aqui na Bahia, se banalizou avacalhou de tal maneira, que este ano, mesmo que os dirigentes se esforcem em preencher os duzentos dias aulas, que preconiza a educação, ficarão devendo uns vinte por cento. Ou seja, se os alunos tiverem 160 dias aulas úteis terão muito!
O inicio das aulas atrasadas pelo calendário das jornadas pedagógicas, depois mais uma atraso na abertura por falta de funcionários, depois inicio das aulas com a estrutura comprometida, sem professores sem substitutos e uma enxurrada de licenças médicas, até de gripe! Enfim, os professores contribuindo para o que já está ruim, o ensino público.
É sábado, são 10:15 horas da manhã, trânsito por uma praça central da cidade, sentados nos bancos e ns respaldares dos bancos também estão moças, adolescentes, e rapazes adolescentes também, aos beijos cinematográficos devidamente uniformizados. Isto em pleno horário antes do almoço! Ainda não haviam comido, mas o lanche de salivas e chicletes trocados no jogo de línguas estava despudoradamente público.
Atrevi-me a interromper um daqueles pré-acasalamentos e perguntar se havia ou não aulas naquela unidade. Me disse que sim, quer dizer não, que a professora avisou em sala de aula, mas que nem esta, a que avisou foi lecionar no sábado. Faltou! A diretora, talvez orientada pelas gestoras das Diretorias de Ensino - Direcs, extensão educacional do estado em regiões municipais, alugou um filme de suspense para suprir as aulas, que não aconteceram, e assim lançar o nome dos alunos no livro de presença em uma manhã de aulas que não houve.
Creio que fiz bem tirar a minha filha da escola. A transferi para uma unidade municipal, onde se não for cumprida a meta educacional posse reclamar de frente com a secretaria de educação, e encarar o prefeito e perguntar onde a responsabilidade? Mas quem vai sair do Sertão para ir a Salvador para encontrar um secretário ou um governador, cujos pensamentos de agora se voltam para a eleição da ministra da eucaristia (assim a chamo já que Lula a chama de santa), Dilma Vana Rousseff Linhares que na carteirinha da escola do crime contam significativas presenças!
O pior de tudo é que as diretoras das Direcs sabem e são coniventes, acho que têm medo do “camarão barbudo”, como é chamado pelos gozadores o governador Jaques Wagner em Salvador. Ou no mínimo tem medo de perderem o emprego, cargo de confiança. E o pior ainda é que a secretario de educação, professor Adeum Hilário Sauer, deve estar achando hilária esta situação. E pobres dos pais, felizmente eu não mais, sem opção do que fazer para educar os filhos.
Creio que a solução seria melhor gerir o ensino público a maneira do SUS, que credencia hospitais particulares para suprir suas deficiências. Escolas particulares seriam credenciadas e assim acabaria essa de sustentar professores faltosos, que alguns chamam exageradamente de vagabundos outros, mais moderadamente de preguiçosos. Não testemunharíamos atrasos de abertura do ano letivo nas escola esperando resultados de concursos manipulados no Reda. Enfim talvez fosse uma solução!
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(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda Bahia < www.vanguardabahia.com.br > edições virtual e impressa, na cidade de Guanambi – Bahia
e se entristece com um governo de tantos nós!