ADEUS, ÍDOLOS E MITOS !

Creio que amadurecer seja ter o exato sentido onde ídolos e mitos se desmontam, restam admirações por alguns gestos, apenas momentos, não endeusados.

Vê-los em sua dimensão humana, frágil e verdadeira, não estátuas inflexíveis, lembrando dogmas e certezas irrefutáveis... bom vê-los distante de pedestais que os imortalizem, distantes do simples mortal, inatingíveis.

Feita as salvaguardas que os distinguam dos meros humanos, ai sim, podemos cultuar seus ensinamentos, sorver-lhes o que nos legou, sem distanciá-los de nós em suas fragilidades de viventes...

Gandhi em sua postura pacífica significou mais que muitas guerras que dizimaram milhões e bestializaram a condição humana. Mas ainda assim se sentia um ser em transformação, capaz de rever posições e de negar o que antes pensava em função de um novo entendimento atual... uma metamorfose permanente.

Cristo em suas parábolas inacreditáveis parecia um sonhador pregando no deserto em sua época, suas idéias e mensagens perpetuaram, incomodam os desatentos, alimentam os mais afoitos fanáticos distanciandos da natural pureza, e acalenta a maior parte deste planeta...

Assim tantos e tantos com suas contribuições, atos e pensamentos, nos deixaram marcos para construirmos os pilares de nossa civilização...

Contudo, o mais significativo, é destroná-los de ídolos, tirá-los da distância de mitos, vê-los como seres que aqui passaram, sentiram as dores, circunstâncias comuns a todos, e, então, apreciá-los, e, até, segui-los em seus ensinamentos, sem perdê-los de vista como parceiros nas descobertas... pois no dizer do próprio Messias: Somos deuses !