delicia quase criminosa

Deloicia quase criminosa

A vida de comerciante hoje em dia não é fácil, temos de correr atrás de todas as possibilidades para tentar conseguir um lucro pequeno, pois “a maré não está para peixe não!” Partindo deste momento atual que vive, tento ver todas as possibilidades que me cerca para que possa criar o meu próprio universo de idéias. Tenho contacto com um grande número de pessoas diariamente e com isto posso ver nelas o que para mim é importante, pois consigo formular um pensamento coeso sobre situações diversas. Desci para São Paulo, mais uma vez para poder participar de outra feira de atividades onde são agregados expositores com várias opções de negócios, para empresas do tamanho da minha, mas que as grandes empresas também entram neste circulo para poderem aprender um pouco mais do mercado atual e dos seus consumidores.

Já na feira observava as tendências de mercado para o próximo ano. Pretendia ficar na feira uns dois dias para poder observar tudo com bastante calma, pois o universo é enorme. Num primeiro instante, eu já possuía uma idéia do que tinha vontade de colocar na loja. A minha ida a São Paulo foi para estruturar meus pensamentos a respeito do que gostaria de colocar na loja e esta vontade ficou ainda mais forte quando, na feira várias pessoas me deram apoio para este novo empreendimento que almejava fazer. O meu desejo de conhecer um pouco mais de tudo me fez circular pela feira prestando atenção em tudo. Não me lembro porque fui observar alguma coisa dentro de uma loja relacionada ao nordeste. Lá dentro meus olhos fitaram uma mulher que diria ser comum no que diz respeito à beleza, mas tinha um sorriso encantador. Esse belo sorriso foi o bastante para que me aproximasse dela para trocar meia dúzia de palavras e que talvez fosse para descansar um pouco, pois o também do cansaço já tomava conta de mim.

A conversa saiu bem solta. Ela me disse que era de Mossoró no Rio Grande Do Norte e estava ali expondo um produto novo que só era comercializado nos estados do nordeste e que a empresa resolveu se expandir por todo Brasil. Relatei para ela que já havia escrito sobre Mossoró coisa que ela em princípio não acreditou. Lembrei de algumas coisas que estariam escritas no texto ela viu que era verdade todas coisas que foram ditas balançando a cabeça Então ela me lembrou de coisas que havia esquecido.

A prosa foi tão boa que decidimos encontrar após a feira para podermos nos conhecer melhor e descansar. No final do evento nos encontramos para bebericar alguma coisa e jogar um pouco de conversa fora. No lado do Ahembi onde estava sendo realizada a feira tem um restaurante muito bom. Nós falávamos a mesma língua mesmo não tendo muito tempo de convivência. Ela me convida para passar a noite no hotel que estava hospedada no centro de São Paulo perto do hotel que me encontrava.

Lembro-me que Lúcia pediu o nº era 504 onde iríamos adormecer naquela. Ao abrir a porta às luzes de dentro acendeu automaticamente. O ar refrigerado não precisou ser acionado, pois a temperatura estava gostosa naquela noite em São Paulo. Convidei Lúcia para tomarmos um banho coisa que faço toda noite antes de repousar.

O banho esta ótimo e...

Durante os dias na nossa estadia lá em São Paulo para passar o tempo dávamos voltas próximo ao hotel

O momento era adequado para conversar com a, então pedi para ela me apresentar para os donos da empresa que ela trabalhava. Vi na empresa coisa diferente que até então não tinha comercializado e pressenti um lucro e o momento era propício para isto.

Pedi a Lúcia para me apresentar ao Pedro um dos donos da fabrica e com ele tive uma conversa boa onde falávamos a mesma língua comercial que seria mais uma forma nova para se ganhar um pouco mais de dinheiro.

Com uma conversação bem avançada no que se diz respeito a esta minha etapa ele me convida para passar uns dias em Mossoró para conhecer todo o mecanismo da empresa achei muito legal, pois teria todo o embasamento necessário para atender meus clientes e repassar aos vendedores que atuariam em todo estado mineiro.

Ele também achou nossa conversa bastante produtiva, pois estava ali na feira para a divulgação do seu produto que só no nordeste era comercializado com boa aceitação, mas a empresa queria crescer mais e ficou acertado que desembarcaria em Mossoró dentro de uns quinze dias para retornamos a nossa conversa.

Já no hotel, eu e Lúcia conversamos sobre o papo que tinha tido com o Pedro e ela escutava atentamente tudo aquilo que dizia e via em seu rosto um brilho diferente. .Quando lhe falei que passarias alguns dias em sua terra natal pensei que ela teria um troço.

Ela queria que me hospedasse na sua casa, mais achei mais prudente me instalar num hotel desta forma não causaria transtornos para ninguém.

Os restos dos dias que passei ali foram divinos!

Chegando em Belo Horizonte tratei de começar o meu plano de ação com tudo aquilo que tinha nas mãos. Fiz contatos com várias transportadoras com as quais eu trabalhava há algum tempo para saber qual delas fazia a região de Mossoró. Vi que eram poucas, mas achei a Aza Norte que faz esta rota com um bom preço, pois seria carga fechada de Mossoró aqui,

Depois fui atrás de um galpão aqui perto da loja para facilitar o meu serviço e acompanhamento, À parte de computação entreguei para um jovem talento desta área que já conhecia e que se chama André, a seleção do pessoal de vendas eu queria tomar a frente por conhecer um pouco e saberia onde teria que abordar com estes colegas de serviço pontos que eu achasse mais interessante. Convidei, o Alissom para a gerência administrativa e o Wagner para gerência comercial, onde os dois teriam carta branca de contratação de pessoas para trabalharem nas suas áreas respectivas. Passaram uns quatorze dias mais ou menos para que a estrutura fosse toda montada. Telefono para o Sr Pedro na Indústria e Papéis Salazar Cia avisando que estaria chegando em Mossoró, onde ele me sugeriu a vinda no sábado cedo, pois estaria o carro na capital na sexta resolvendo assuntos pendentes da empresa e falaria com o motorista para passar a noite na garagem e que no dia seguinte me pegasse no aeroporto.

Achei ótima esta solução dada pelo Sr Pedro, pois a viagem até Mossoró é mais 250km e ficou acertado que o carro da empresa me pegaria em Natal no aeroporto.

Passaram quase três horas e já estava no carro da companhia e o Sr Jarbas me disse que iria ficar a minha disposição naquele dia e em Mossoró era por conta da empresa o meu almoço.

Fomos direto ao restaurante para comermos algo. Falei ao Sr Jarbas durante o almoço que gostaria de conhecer um pouco da sua cidade natal. Percebi que ele ficou feliz com isto e esboçou um sorriso. Achei bom, pois tive a certeza que ele só me levaria aos lugares de destaque.

Mossoró é a segunda maior cidade do Estado do Rio Grande do Norte. Está localizada na região Oeste, e por isso é chamada de capital do Oeste. Sua localização é estratégica, pois está situada entre Natal-RN, e Fortaleza CE, e principalmente por sua proximidade com o litoral.

E por ser pólo, ela se apresenta como o portal das belezas de nossa região, está a poucos quilômetros das praias, e das cidades serranas.

De acordo com os historiadores, Mossoró, foi originada do nome MONXORÓS, tribo de índios, que habitava a região.

A cidade propriamente dita, surgiu no Sítio Santa Luzia de com a construção de uma capela com o mesmo nome, sendo elevada à categoria de município em 09 de novembro de 1870.

Mossoró é uma cidade histórica pela participação nos movimentos que antecederam à proclamação da República. Foi a primeira cidade do Estado a libertar seus escravos em 30 de setembro de 1883, e também onde, pela primeira vez a mulher brasileira teve direito ao voto, isso no ano de 1928Sua economia está baseada na produção de petróleo, refinação de sal, e na exportação de frutas tropicais, principalmente do melão.

Catedral de Santa Luzia: Templo maior da religiosidade mossoroense, a catedral homenageia a padroeira dos olhos e reúne diariamente fiéis de toda a região. Igreja São Vicente: Igreja que serviu de trincheira no confronto com o bando de Lampião. Nela ainda podem ser encontradas as marcas de balas da memorável batalha. Rio Mossoró: Em pleno coração da cidade, o Rio Mossoró se mantém vivo e é um dos principais cartões postais do município. O Mossoró West Shopping é o maior da cidade. Mossoró por ter sol o ano inteiro, terras férteis é propício à cultura de frutos tropicais. Conheci também o Museu do Cangaço.

A cidade enseja ao visitante desfrutar de suas águas térmicas, nas piscinas ou em cascatas, com temperaturas variadas, provenientes de fontes hidrominerais naturais.

Fomos ao Morro dos Labirintos, que são formados de argila vermelha, mesclada em algumas partes e não possuem vegetação arborescente. No cume desses morros, a areia é móvel e sob a

Um outro atrativo é o balneário denominado de MANIBU AQUA PARQUE, um lago formado pelas águas de um rio que deságua no mar. Tenho que falar das praias de perto a Mossoró que são: Tibau; Grossos; Areia Branca

A praias que os mossoroenses curtem mais é Tibau: - É considerada como o ponto de maior concentração turística da região. Entre suas belezas tropicais estão as dunas, coqueirais, areias coloridas e especialmente o seu clima. Está a 42 Km de Mossoró.

O Sr Jarbas me disse, a cidade tem um agitado carnaval de rua e uma maratona de festivais durante o período junino, com o Mossoró Cidade Junina e que

No dia 13 de dezembro acontecem os festejos comemorativos a Santa Luzia, padroeira da cidade.

Durante o nosso passeio por Mossoró lhe falei duas coisas que tinha achado interessante na cidade, que havia vários prédios públicos da cidade que levavam o nome Rosado e lhe perguntei-lhe se havia conhecido tal pessoa no município. Ele falou que não era da sua época, mas sabia que tinha sido um ótimo governador para o Rio Grande Do Norte.

Aeroporto Rosado espera uma movimentação maior de passageiros onde traz mais turistas e empresários que possam melhorar a vida mais da população de Mossoró.

Fiquei satisfeito com tudo aquilo que via do hotel. Ao entrar fui direto à recepção, onde uma simpática morena que se chama Patrícia me deu as boas vindas fazendo um relatório rápido de tudo que o hotel possuía. Pedi para ela se tivesse jeito de me colocar no quarto 307 por ser um número que gosto. Ela falou que não haveria problemas, pois o hotel estava vazio neste período daí, a facilidade de me atender.

No sábado a tarde liguei para Lúcia para marcamos alguma coisa, mas ela me disse que tinha uma pessoa da família que estava doente e não teria como se ausentar de lá e quem nem na empresa estava indo trabalhar, então, desejei melhoras e deixei um beijo para ela.

Passei o resto do sábado no maior suco no hotel.

Já tinha notícias do clima de lá em função disto levei roupas mais leves No primeiro dia da minha chegada quis dar um tempo para poder descansar. Resolvi engordar o tempo um pouco com a D. Patrícia na recepção, a conversa era tranqüila. Ela me disse que também era mineira e ficava feliz quando algum conterrâneo hospedava no hotel, pois sente falta de sua terra e de sua gente por ter saído do seu torrão em função do casamento com um potiguar. Nesta hora indaguei de onde ela era meio encabulada para dizer, sorria tentando desviar a conversa, mas sem jeito acabou dizendo que era de Vai e Volta do lado de Paca e Gororós no interior mineiro, todos que estavam perto soltaram uma gargalhada gostosa e ninguém acreditou no nome da cidade da simpática morena, calculei que era um tremendo buraco. Ela continuou dizendo que era um lugarejo que pertence a Governador Valadares, terra que conheço, a partir daí a prosa ficou solta.

Mais à noite resolvi dar uma circulada mesmo que sozinho para conhecer a noite de Mossoró, perguntei ao Sr Carlos da recepção que trabalhava a noite e sem pensar duas vezes ele me disse que seria muito bem atendido no Kisquina Night Club por ser uma casa nova e atual que tinha sido aberta há pouco tempo em Mossoró e que era perto de lá quando foi me exposto isto, foi uma dica e tanto e logo fui para lá.

Ao entrar na casa noturna escolhi uma mesa que ficava do lado da janela para poder ficar ligado com o mundo interior e exterior ao mesmo tempo e apreciar a noite de Mossoró. Logo que assentei, meus olhos fitaram uma mulher de pele parda com dois belíssimos olhos verdes daqueles que não se encontram todo dia. Percebo que ela está sozinha tomando algo. Eu teria a noite livre e adoro conversar para passar o tempo levantei-me e fui em direção da tal moça.

Dou-lhe boa noite e me assento na mesa com ela, o sorriso nesta hora era meio tímido, mas com um olhar de consentimento pela minha sentada na mesa em que estava. O garçom veio nos atender rapidamente e falou no pé do meu ouvido para tomar cuidado. Ela, muito alegre, por ser nordestina e de bem com a vida me encantava, numa conversa entre um homem e uma mulher vocês já imaginam e que vai rolar e não foi de outra forma.

Milene era o nome dela, mas preferia sr chamada de Leninha achava mais fácil de se guardar. Ela me chama para conhecer um pouco de Mossoró e embarquei neste passeio, alguns lugares já conhecia , pois estive pela manhã com o Jarbas , mas não disse nada e demonstrava ser tudo novidade. Nisto ela me falou que queria ficar mais a vontade comigo, pois um desejo maior a tocava e rumamos para um motel Igual como tantos outros que conheço, mas se deu para perceber que ela estava impossível naquele dia e...

Ficamos no motel até o meio da tarde do dia seguinte. Ouço o celular de Leninha tocar uma vez só. Deixei pra lá não comentando nada, pois era o clima de paixão. Pedi para Leninha me deixar ficar na pracinha que achei linda, depois eu iria a pé para o hotel, ela concordou nos beijamos e ela se foi.

Na praça tinha uma enorme soverteria com uma variedade imensa de sorvetes oriundos do nordeste e eu como sou guloso demais quis experimentar de todos os sabores. A sorveteria estava lotada por ser uma casa nova na cidade. Todos se cumprimentavam coisa que lá é natural de acontecer, eu mesmo respondia ao cumprimento mesmo não sabendo quem era a pessoa. Na hora tudo bem, mas com o passar do tempo me deu uma tremenda dor de barriga que quase não deu tempo de subir até o meu quarto, a minha sorte e que tinha esquecido de entregar a chave do quarto na portaria quando deixei o hotel e com isto, ninguém me viu sair ou entrar.

Fiquei no quarto o resto da noite de domingo.

Por volta das 8:30h de segunda feira o telefone do meu quarto tocou, era a menina Patrícia da recepção dizendo que o Sr Jarbas da empresa Salazar estava a minha disposição para levar-me até a fábrica. Quando cheguei lá fiz questão de cumprimentar a todos mesmo sendo com um simples bom dia e boa tarde, pois acho fundamental para quem trabalha em equipe, todas as pessoas ocupam a sua importância no conjunto. O trabalhador gosta de sentir gente como todos nós. Nestes três dias que passei em Mossoró isto foi uma constante. Não saia da fábrica para nada, pois era muitos assuntos a serem abordados e alguns que não conhecia totalmente.

Não tive nem tempo de ligar rara Lúcia para saber notícias do seu parente que estava com problemas, pois meus dias foram muito tumultuados.

Encontrei com a Leninha no aeroporto, pois ela tomaria o mesmo avião que eu, pois faria várias escalas no Brasil e ela queria ficar em Porto Alegre , Achei estranho mas não falei nada a respeito só, via que ela estaria meio agitada mas fiquei quieto o avião veio cheio e nós nem ficamos juntos.

Já em Belo Horizonte, comentei que vi em Mossoró um campo novo a ser explorado. Era um papel mais barato e com formas de várias aplicações, sem pestanejar visualizei órgãos governamentais, escolas em outros seguimentos e as empresas precisam baixar seus custos também e é neste ponto que estaria a nossa arma, o tal do custo benefício. Chamei o Wagner para uma conversa para saber a sua opinião sobre este assunto. Ele concordou com a minha idéia e iria tentar junto com pessoas já conhecidas os caminhos para conseguir o nosso objetivo, mas sabíamos que não ia ser fácil.

Passam-se quinze dias quando recebo uma carta do fórum de Belo Horizonte expedida por um juiz desta comarca. No dia marcado compareci ao fórum com meu advogado para ter conhecimento do que se tratava. Depois de meia hora de espera o porteiro do gabinete manda a gente entrar.

O Meritíssimo começa a ler o processo e destaca um crime ocorrido em, Mossoró quando estive lá, aproximadamente 15 dias atrás perto do hotel em que fiquei hospedado e em frente ao local do crime estava um carro estacionado pouco tempo antes do crime, mas já se sabia que a passageira era a Srta Milene Rocha e com um homem que não foi identificado. Senti uma pancada no peito de medo. A partir daquele momento minha vida tomaria um novo rumo, minha cabeça lateja, mesmo não sabendo, o motivo.

O Meritíssimo me pediu para relatar o que fiz no dia 21 de outubro na parte da noite o Sr João Costas sem residência fixa foi assassinado por uma bala desferida de um revolver calibre 38, na rua José Frade, nº 327 bairro das Andorinhas. Em Mossoró estado do Rio Grande Do Norte depois deste relato pediu para falar onde me encontrava naquele instante e também o Sr Juiz indagou-me se tinha estado com alguém que poderia confirmar esta minha versão, neste dia fiquei apertado, pois só a Milene me deixou na praça mais cedo e não me recordava do pessoal da sorveteria, quanto ao hotel ninguém me viu chegar. Fiz um relatório detalhado de tudo que aconteceu comigo naquela tarde não esquecendo de nada para o Meritíssimo

Ele tomou todas as anotações devidas e me dispensou.

Depois que estive no fórum em Mossoró, pois minha cabeça entrou em parafuso, com tudo aquilo e começo a perder força diante desta nova situação. São nestes momentos que os amigos de verdade aparecem para nos dar a mão, pois não consegui resolver mais nada. Deixei a empresa na mão destes amigos e da turma que já estava comigo.

Graças a Deus tenho muitos amigos para recorrer quando reciso e desta vez não dói diferente, Acionei um velho conhecido que é advogado criminalista como era o meu caso. Expliquei a história toda para o Dr Maurício Pena, ele ouvia tudo atentamente para não deixar passar nada. Indagou-me vários pontos que ficaram obscuros para ele. Resolvemos embarcar para Mossoró, para sentir toda estória de perto e pegar informações com pessoas que poderiam nos auxiliar neste caso. Depois de ter feito uma viagem ansiosa o advogado queria tentar refazer tudo que tinha acontecido aquele dia nos mínimos detalhes e foi o que fizemos. Ao refazermos tudo de novo muitas coisas me vieram a lembrança, e com estas situações que tinham me passado desapercebido, tais como, o toque do garçom, os dois tipos que já me eram familiares a fisionomia, mas na hora não me lembrei de onde. Coisas do tipo como a Milene apareceu nesta história, o telefonema que ela recebeu no motel etc.

Eu e Lúcia e o advogado, nos unimos para tentar ver se encontrávamos alguma deixa neste caso que pudesse nos ajudar a desvendar este mistério. Começamos pelo tal garçom na casa noturna, que estive naquele dia só que tinha tirado dois de folga do serviço. Aproveitei a ida a casa noturna para perguntar sobre Milene mais foi pouca coisa que soube a respeito da morena, o gerente me informou que ela era nova na cidade e não tinha muita coisa para dizer. Lúcia pela descrição que fiz para ela não conseguiu identificar tais pessoas, mas ficou de me levar no departamento pessoal da empresa e que pelas fotos dos funcionários pudesse ser mais fácil a identificação das pessoas e ficamos do mesmo jeito sem saber nada. De concreto.

Passam-se três dias e voltamos a casa noturna para ver se encontramos o tal garçom. Desta vez tivemos sucesso em parte, ele por iniciativa própria chegou perto de mim e pediu desculpas por tudo aquilo que tinha falado naquela noite, dizendo que ele fez confusão entre a Milene e outra moça que ele conheceu na sua terra há algum tempo e ainda não tínhamos achado nada com que pudéssemos nos apegar de fato.

Lúcia consegue do Sr Pedro uma autorização onde pudéssemos fazer um levantamento dos seus funcionários para ver se conseguimos localizar os dois indivíduos da sorveteria. Ordenou ao Sr Gerson que é o gerente de recursos humanos da empresa me ajudar em qualquer tarefa que precisasse dentro da empresa e foi o que ele fez. Começamos a olhar as fotos de todos depois de procurar bastante não achamos nada, nesta hora já estava maluquinho. O Sr Gerson passou-nos por último a pasta dos demitidos e quem tinhas se aposentado no último mês. Da turma dos dispensados não achamos ninguém, mas quando ele abre a pasta dos aposentados, meus olhos até brilharam de alegria, pois estava ali os dois da sorveteria na minha frente. Eu nunca fiquei tão feliz em ver retrato, mas ali era uma ocasião diferente era uma vida. Estar nas mãos daqueles dois seja lá quem fosse, por isso valia a pena sonhar com alguma coisa diferente.

Na mesma hora o Sr Gerson acionou o computador da empresa para nos arrumar o endereço dos dois, o meu coração saia pela boca de tanta emoção. Pelo que se constatou pelo endereço dos dois ele moravam perto. Peguei com o Sr. Gerson a localização da casa dos dois e Lúcia diz que é um bairro afastado do centro de Mossoró, mas me levaria lá de qualquer jeito mesmo não conhecendo o lugar. Já era meio da tarde e achamos melhor deixar para o outro dia cedo nossa busca que é ir atrás do Sr Antônio e do Sr Célio.

Noutro dia pela manhã na empresa o Sr Gerson me disse que eram funcionários queridos por todos na empresa e de bom gênio, tanto nunca teve reclamações deles tanto no campo profissional como no pessoal. Senti firmeza nos dois como me disse isto ele também acrescentou que os dois eram conhecido-s como Sr tigrão e goiaba e que ninguém sabe explicar o porque destes apelidos.

Após o papo com o Sr Gerson fomos atrás da dupla que poderia me livrar de uma condenação. A procura dos dois foi intensa, mas valeu a pena, pois conseguimos achar a casa das pessoas, mas senti um frio na barriga quando na casa do Sr Antônio a Sra dele me falou que ele estava numa pescaria com o Goiaba e o Sr Dinis e só tinha três dias que ele haviam partido e quando eler sai nestas pescarias eles não marcam voltam costumam telefonar quando dá para ver se tudo está bem aqui em casa só que não é certo. Contei a minha necessidade para ela saber porque o estaria procurando e se por ventura ele ligasse para ela contar o ocorrido. D Márcia, esposa do Sr Antônio vendo a minha aflição conversaria com ele para encurtar a viagem ao máximo, pois era preciso a presença dele com o Sr Célio em Mossoró. Fiquei grato por querer e ajudar e qualquer coisa de novidade para ela conversar cm D. Lúcia na fábrica.

Já não estava nem dormindo direito, em função da ansiedade de tudo que acontecia. Telefonei algumas vezes para Belo Horizonte no intuito de saber as novidades da empresa que idealizei, mas que não pude tomar conta dela ainda, espero eu. As notícias eram boas e a tendência de um sucesso que para todos nos era esperado. Não tinha nem cabeça para fazer amor com Lúcia,

Recebi uma carta do Meritíssimo da comarca se Mossoró,. No que estaria escrito que meu caso seria julgado daqui há três dias na comarca de Mossoró as 15:00h na sala 307do referido fórum. Quase no mesmo instante recebo uma informação da mulher do Sr Antônio, ele e o Célio já estavam a caminho para me ajudar, com isto esbocei um sorriso triste, pois nada mais me alegrava.

Faltavam 72 horas para o meu dia D, acabavam com meus sonhos mais bonitos da minha vida, idéias que me fizeram crescer como pessoa.

Naquele dia o tempo pareceu incerto como eu, as nuvens eram claras e escuras. A sala do julgamento já estava repleta de pessoas, uns simples curiosos, mas a maior parte de uma imensa platéia de Mossoró como colegas de empresa e amigos que fiz naquela cidade divina no tempo em que passei lá, com meus parentes e amigos de Belo Horizonte que não acreditava nesta injustiça que estava sendo feita comigo.

O julgamento foi tumultuado desde o início, todos achavam que as provas da promotoria eram fracas e sem consistência para se enquadrar alguém. O Dr Mauricio Pena, destacou a ausência dos dois empregados da Salazar cia que faziam parte do processo e que até então ainda não estariam presentes.

O juiz pede silêncio, e fala para ficarem quietos, se não ele iria mandar esvaziar a sala. O silêncio que se ouvia na sala a partir deste momento por causa da quietude do lugar, deu-se para se perceber o ranger da porta principal do salão. Todos os olhares do recinto voltaram-se para a entrada principal, fez notar três vultos, a claridade impede a nossa visão, Passos a frente já se dá para notar quem chega com o reverendo Godinhoo de Mossoró, até estranhei um a das pessoas que estava com o padre nada mais era que a Milene, com um homem ao seu lado que não conhecia. O reverendo chega perto do Dr Mauricio e pede para ser testemunha de defesa, nesta hora o advogado da defesa e levanta e pede que o reverendo seja ouvido também.

O juiz acatou o pedido da defesa e chamou o reverendo Godinho para depor, não fazia barulho algum na sala nesta hora. Todos queriam ouvir o que seria dito pelo pároco da cidade.

Esfriei de vez na cadeira, o padre começa relatando o seu passado e por onde andou ao longo da vida como sacerdote, ele comenta como pároco Já, esteve em Tocantins, onde conheceu uma família rica, que era dona de grande extensão de terra na cidade e que tinham um casal de filhos que moravam fora de casa estudando, para continuarem a tocar o negócio do seu pai, mas era comum nesta época a invasão das propriedades e a polícia não tinha como impedir estes delitos. Quando os criminosos matavam todos.

Escutava atentamente os dizeres do reverendo, no decorrer do que o padre dizia uma pequena luz no fim do túnel começava a se ascender para mim e via no público do salão também o rosto se modificarem com as palavras soltas pelo reverendo. Para terminar ele disse que não deixaria um inocente pagar por um crime que não cometeu. Pede ao juiz para ser ouvido a Milene, pois ela teria mais coisas a serem ditas no caso. A porta do salão torna a ranger e mais duas pessoas entram na sala, eram os meus colegas da empresa que conseguiram chegar da pescaria. E se assentaram lá no fundo do salão. A menina Milene após ter feito o juramento fala que eu era inocente e não sabia de nada do que ocorreu e ela não deixaria uma pessoa inocente ser prejudicada.

Contou que o homem que morreu era um pistoleiro de aluguel de Tocantins que estava instruído para fechar eu e meu irmão Alex, por serem testemunhas vivas do que aconteceu há um tempo atas em Tocantins. Saíram ilesos por não estarem na fazenda aquele dia e depois começamos a fazer perguntas sobre o ocorrido, onde todos tinham sido executados para não deixarem provas do que realmente se passou na fazenda. A disputa de terra era uma coisa nojenta onde sua família infelizmente foi executada a mando de Perez outro fazendeiro da região.

Meus olhos se enchiam d’água por ser muito emotivo a ver que estaria livre e agradeço muito a Deus por tudo e disse que o seu irmão Alex simplesmente foi mais certeiro que o pistoleiro que nos perseguia já algum tempo.

Alex, toma a palavra e fala que agiu em legítima defesa e da irmã, pois se tivesse errado o tiro as vezes não estaria ali para falar nada.

O juiz dispensa a testemunha e convida o Sr Antônio para depor, ninguém mais no salão se continha de tanta emoção, mas o juiz pedias silêncio a todos do recinto. Quando começa a dizer ele fala que tinha me visto na sorveteria aquele dia já ao apagar da tarde e meu rosto estava com uma cara bem estranha, parecia que tinha comido alguma coisa que teria feito mal. Logo após me viu saindo da sorveteria num galope rápido conclui que ele deve ter ido procurar uma casinha ( banheiro ) como os alunos antigamente diziam. Não houve necessidade de se ouvir a outra testemunha, pois ele já estaria satisfeito com os depoimentos apresentados anteriormente.

Nesta hora, o Juiz reúne com os jurados na sala secreta. Dez minutos eles voltam para os seus lugares e é pronuncia a sentença que estaria livre e seria arquivado o processo.

Nesta hora sentia calafrios de tanto suspense, mas não me importava com nada a não ser a minha liberdade. Daí levei em diante tocar meu negócio e a minha doce vida para frente.

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 03/04/2009
Código do texto: T1521380