Para Todos os Amores

Não é de hoje que me surpreendo com os filmes românticos que pude assistir. Sou um fã incondicional do cinema, porém não suporto alguns filmes de amor que trazem aquela típica história de homem e mulher. Contudo, fico muito feliz quando vejo algo que me chama atenção e consegue acender algo de poesia em meu peito. Posso citar o filme novo “Banquete de Amor” – que apesar de ser uma história simples, carrega uma poética grandiosa. Poucos romances americanos podem salvar-se do mimetismo e da mesmice (vale a pena lembrar de Endless Love). Dos filmes brasileiros sou suspeito em falar, pois sou contra qualquer pessoa que é contra qualquer coisa referente a arte em meu país. Gostei muito de assistir Orfeu e o Maior Amor do Mundo.

Mas sejamos justos em dizer que a atmosfera de paixão dos filmes Italianos é imbatível. Profumo di Donna é algo tão realista e apaixonante que não posso deixar de lembra-lo aqui... mas tem um romance que é o melhor de todos os filmes do mundo – O Tigre e a Neve. Esse filme retrata a paixão da forma que todo o homem deveria sentir por uma mulher, ou melhor, por sua mulher.

Semana passada completei vinte anos de idade que em experiência podem retratar várias vidas. Pude amar várias mulheres, pude compor belas canções, reconheci inúmeros amigos e inimigos... aqui estou! Já tive o desprazer de ver uma antiga amada pedindo socorro ao meu lado e eu, não podendo fazer nada (foi em certa ocasião que a menina encontrou uma bala perdida e que do pavor, não vale a pena lembrar). Sei que nesse momento de desespero estávamos em um clube do bairro Santa Teresa no Rio de Janeiro e eu, estava sem camisa pois lá é um lugar para se banhar na piscina e jogar joguinhos.

Chegando no hospital Souza Aguiar (o maior da América Latina), tive que discutir com os seguranças que não me deixaram entrar sem camisa. Não pensei duas vezes: peguei a bolsa da antiga amada e vesti uma baby-look para poder entrar na emergência e permaneci assim pela noite toda. Na sala de espera pude ver muitas pessoas machucadas e aflitas... eu não sabia quem estava mais assustado, pois era tanta gente, tanta aflição, tanto sangue... aprendi que, independente de qual mulher escolhermos para ficar ao nosso lado, seja ela fiel, leviana, rica, pobre, feia, bonita, magra ou gorda, devemos doar todo o amor que temos no peito sem nunca pestanejar! E foi por esse momento que tive a idéia de cantar uma canção de amor no meio da sala de espera, pertinho do ouvido da amada e ao mesmo tempo em alto e bom som para todos doentes se curarem com o meu amor.

O importante pra mim

É olhar nos teus olhos

É sonhar com as estrelas

E te dar meu amor

E a felicidade vai bater em minha porta

E eu vou viver de novo e te acordar de manhã...

O nome dessa canção é Pela Manhã e fiz antes de conhecer essa menina... mas não importa! Nada importa! O que de fato é importante é o amor e a paixão... o resto vai ao esmo; quando olhei para os lados pude ver os doentes da sala de espera me olhando e sorrindo, em um ato de agradecimento e bravura. Foi um dos momentos mais belos de minha vida...

É nesse amor que acredito. Tenho vinte anos e já estou no meu terceiro casamento e não me envergonho de nada disso. Quero amar... quero me queimar... quero viver! O mais importante é tratar a amada como a última mulher, a última que vai ganhar paixão, beijos, presentes e carinhos... a última!

Minha amada esta me esperando agora no quarto (talvez triste) e eu, estou aqui escrevendo esta crônica de amor, para falar que não devemos ter medo... devemos só amar e amar e, se possível, amar mais uma vez... porque a única coisa que temos certeza é que um dia iremos deixar de viver!

Meu Deus... eu tenho certeza que é ela! Amigos leitores, tenho que acabar a crônica pois no meu quarto esta a mulher mais linda do mundo e o amor da minha existência. E mesmo se um dia acabar, quero ter a certeza de que amei ela como nunca amei nenhuma outra mulher em minha vida... mas é certo que é ela! Agora peço licença, pois apesar de ainda ser um dia de Sol, preciso urgentemente amar a Lua...

Paulinho Parada
Enviado por Paulinho Parada em 02/04/2009
Reeditado em 02/04/2009
Código do texto: T1518873