DEUS

JORNAL DE ARAUCÁRIA Nº 53 DATA 22 DE JUNHO DE 2007

DEUS

Como só há um Deus, e cada homem difere do outro, então cada um tem o direito de enxergar Deus como quiser. Quando somos pequeninos e ignoramos as coisas, há um Deus Imposto: não é espontâneo, nem fruto de nossas reflexões, depende inclusive de quem o impôs. É um Deus impostor e fruto do conhecimento de quem nos repassou esta imposição. Quando somos religiosos, Deus é Amor: o amor não é visível, mas o sujeito sente, e depois que ama não consegue viver sem este sentimento. É uma abstração passional, logo fruto de nossas emoções. Quando somos preconceituosos, Deus é Deus: Fruto de um conceito já previamente concebido e abstrato, esta definição de Deus só atrapalha o desenvolvimento do ser humano, pois trava o seu desenvolvimento intelectual. Afinal ela por si só encerra a argumentação e não é auto-explicativa, é dogmática. Quando somos racionais Deus é o não saber: Fruto da falta de uma explicação racional para a nossa existência como ser pensante e a procura de uma razão lógica que satisfaça a nossa existência. Nossos antepassados colocavam Deus em muitas coisas que não tinham explicação natural. Conforme fomos aprendendo, o Santa Bárbara Virgem das tempestades que minha mãe impunha, os pára-raios do Benjamin Franklin desmistificaram a benção da Santa. Quanto mais nos aprofundamos no conhecimento mais tiramos Deus do cotidiano. O mais importante não é o conceito que temos de Deus e sim a fé. Esta sim é fundamental para nossa sobrevivência em nossos miseráveis e liberalizados dias. Deus está longe de ser carrasco, muito pelo contrário, ele nos deu discernimento de escolher nosso livre arbítrio.

bueno
Enviado por bueno em 02/04/2009
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