O cigarro e seus personagens

Tal como ocorre com o alcoolismo, sensibilidade mesmo para lidar com o fumante seria tarefa para outro, ou outros fumantes. É possível que eu não venha lendo o suficiente sobre o assunto para saber da eventual existência deste tipo de iniciativa em relação ao tabagismo, entretanto com o que leio sobre alcoolismo, sei que o AAA existe logo... Ultimamente o governo de São Paulo preparou uma ofensiva para o fumante (não para o cigarro) ou, como ele defenderia, uma defesa para os fumantes passivos. Eles precisam e merecem respeito sim! Apoiado! Os fumantes que se danem! Que morram dentro de suas casas! Não são cidadãos, são um cancro da sociedade! Seus votos é minoria! Dão prejuízo ao sistema de saúde, entre outras mazelas. Não vou cair na esparrela do argumento fácil de falar da segurança como uma prioridade. Da atualização do código penal e modernização dos presídios, do atendimento à saúde pública no que diz respeito às filas desumanas na frente dos poucos hospitais mal equipados e carentes de pessoal. Não vou contra-argumentar dizendo que os automóveis poluem muito mais que a fumaça de cigarro, até porque a imensa maioria que apóia a decisão restritiva ao fumo possui um ou até dois automóveis. Não iria cansar o interlocutor falando da carência de leis que fiscalizem efetivamente os gastos públicos, sobretudo os que implicam em enriquecimento ilícito, e que daria ao estado uma economia significativa. Não vou falar das drogas pesadas ilegais, que fomentam a violência e a morte indiscriminadamente, mas que atinge em muito maior número aos pobres. Não seria cabível lembrar da educação, a onde faltam escolas, professores preparados, segurança aos alunos, além do alto índice de evasão e baixa qualidade no ensino. Muito menos a poluição nos rios e mares em tempos escassos recursos hídricos, etc. Tudo isso seria golpe baixo diante da premente necessidade de se proibir fumar em boates, em espaços abertos de condomínio e demais logradouros públicos.

Evidentemente que se precisa de leis para forçar a boa educação de não se fumar enquanto alguém janta: isso é óbvio! Ou ainda para enquadrar a quem não tem bom senso de fumar em lugares fechados ou mesmo filas de modo que perturbe quem ali esteja forçado por alguma circunstância.

Taxar mais o cigarro, mais ou menos como propõem o governo federal, é medida menos radical embora doa no bolso dos donos dos pulmões já condoídos.