Os Interiores
10/03/06
Os Interiores
Quando me deparo com a arte, meu pensamento se volta para o interior do meu ser. Esqueço o mundo exterior tão marcado por violências, pela avareza e egoísmo dos ambiciosos. Fica no esquecimento a seca do Nordeste, aparentemente sem solução e os deficientes tão marginalizados pela sociedade e muitas outras injustiças cometidas no país.
Viajando pelo meu interior, imagino um mundo de amor, de paz, companheirismo, de mil cores e formatos, sem preconceitos e com direitos iguais para todos os cidadãos, pois todos nós somos filhos de Deus sem exceção.
Viajar, concreta e abstratamente, é o meio frenético para alimentar a minha imaginação e para transformar os meus sonhos em realidade.
Essa maneira de eu ser podem interpretar de várias maneiras:
sonhadora, “a que vive nas nuvens”, romântica ou ainda “a que não faz nada na vida”, ou a que só pensa no amor.
Mas o que se passa no íntimo da alma de alguém é tão profundo e entranhável que quase sempre é incompreensível para um outro, causando sempre interpretações equivocadas, quando não sempre errôneas. Compreender o coração de alguém significa conviver. Só participando a vida com alguém é que se poderá dizer que se conhece a índole dessa pessoa. Os interiores são muitos, e para se evitarem preconceitos, é preciso, primeiramente, conviver, partilhando e dividindo.
Adriana Quezado