EU E O SOL
O sol nascia e com ele a minha esperança de vê-la. Na medida em que escalava o céu ele ganhava em calor e beleza tanto quanto eu ganhava em ansiedade e desejo de poder acariciá-la. Ao meio dia estávamos os dois repletos de calor. Ele do efeito físico e eu do psíquico. A tarde foi passando , o calor arrefecendo em nós ambos. O céu recebia agora carícias mornas de um sol pleno de felicidade. Eu guardava ainda dentro de mim o desejo morno de poder vê-la e amar. Olhando para ele eu percebia sorrisos de satisfação em seus raios. E sorrindo ele completou sua trajetória, deitando-se tranquilo no horizonte. E eu . . . Eu sofria a sua ausência, mais uma vez vendo meus sonhos ruírem por terra. E se ele sorria, é porque tinha certeza do alegre amanhã. Se eu chorava é porque tinha a incerteza de um triste amanhã.