DANE-SE

Alguma vez na sua vida você pôs a educação de lado e virou-se para alguém que vem abusando de sua paciência e disse alto e bom som: DANE-SE!!!? Se não disse precisa dizer, que sensação de alivio provoca esse desabafo! Você é dos que acredita que existe um limite pra tudo; que tudo cansa na vida; são promessas que não se cumprem; tempo que engana; passos que não se alcançam; “ fatos que desarrumam nossos dias já desarrumados”. E tudo por quê? Por conta dos ciclos que temos que passar ao longo da vida com todos os atropelos ligados a religião, relação amorosa, trabalho, insensibilidade, brutalidade, enfim, o “escambau” , droga! Droga! Sabe o que mais? O tal do DANE-SE tem lá a sua importância na filosofia, vejamos o que diz o filósofo e estudioso de Epicuro , professor Wilson Correia: ele afirma que de acordo com o tetraphamakon epicurista, a saúde mental de uma pessoa está diretamente ligada à quantidade de “ DANE-SE” que ela é capaz de dizer em meio a ciclos e processos que, de outra forma, poderiam causar preocupação e todo tipo de desgaste pessoal. Não se trata de irresponsabilidade mas de certa maturidade. E que esse “ DANE-SE” é o outro nome da serenidade ataráxica da fala de Epicuro. Se assim é, em nome do prazer natural possível que aplaca os desejos e dá felicidade o melhor mesmo é “não estar nem ai” para certas coisas, fatos e pessoas, sobretudo para os seres humanos que teimam em não agir como gente digna de si mesmos e daqueles que os cercam. Para estes, que SE DANEM, e que vá estudar e entender Epicuro .

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 01/04/2009
Reeditado em 06/08/2009
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