ESCOLA - UM GRITO DE PAVOR
Entre tantas ocorrências, há umas que incomodam mais que outras. Ultimamente estão frequentando as escolas. Sim, a polícia está sendo chamada repetidas vezes. Os motivos? Agressão a professores por alunos, a alunos por professores, brigas entre alunos, assassinatos de alunos. Friamente, poderíamos fazer uma análise sociológica da seguinte forma: a escola reproduz a sociedade, portanto, é natural que suas mazelas caminhem em sua direção (da escola). Com tão baixos salários e precárias condições de trabalho, os professores são mais vítimas do que algozes. Se a escola virou um negócio como qualquer outro, faz-se de tudo para obter resultados publicáveis ou atingir determinadas metas (mesmo que não seja louvável eticamente).
Tem como não ser dramáticos se olharmos a escola como segundo santuário depois do lar? E, em alguns casos, até mesmo o primeiro? A formação não está circunscrita às letras, ao aprendizado lógico-matemático ou à iniciação científica. Diz respeito, sobretudo à formação do caráter, da sociabilidade, do respeito às regras coletivas, de valores que vão se entrelaçando com os da casa e vão se manifestar na rua, no trabalho, enfim na vida futura. A casa e a escola historicamente cumpriram uma cumplicidade na educação dos homens de maneira que uma corrigia, dava rumos a desvios ou escorregões da outra. Nos exemplares casos, reforçavam uma o que a outra produzia de bom para educar a nós todos. Agora, a responsabilidade está sendo jogada de uma para outra como “batata quente”.
Nem sei como concluir. Também não acho que haja conclusão. Como é mesmo a educação humana. Não se conclui. Já temos problemas morais, imorais e amorais demais com toda essa gente que se diz formada e está ai corrompendo, violentando, violando, matando, deseducando pelo exemplo. Na época deles, a escola não era assim. A sociedade era menos assim. Imagine daqui para frente!