A verdadeira riqueza
Muito se fala no apego aos bens materiais na sociedade moderna. A busca desenfreada do homem pela riqueza e ostentação, para saciar o seu ego e também exibir o seu poder perante o próximo, como forma demonstrativa de seu êxito em uma sociedade de cultivo competitivo e individualista, valores estes, defendidos atualmente, colocam em cheque a verdadeira riqueza humana, a espiritual, sendo que ambas se complementam quando em vice-versa.
Diante desta busca interminável pelas riquezas materiais, o homem se sacrifica em dobro, para poder alcançar o desejado. Principalmente quando este, de classe média tenta acompanhar níveis da sociedade mais elevada. O sofrimento é quase que eterno e frustrante, exigindo reflexão, se realmente a abnegação da vida em prol de algo material vale a pena.
Luta-se diariamente, muitas horas a mais em seu serviço – quando este empregado - aumentando seu stress, diminuindo o período com a família, limitando o tempo de lazer, as horas com os amigos e parentes ficam mais escassas, uma boa leitura fica comprometida, um bom filme fica esquecido, a música perde o sentido, a sociabilidade, a amizade, a caridade ficam para depois e o individualismo enaltecido e reforçado.
Tudo isso para se adquirir em tempo record bens e mais bens e, o alimento espiritual, o intelectual, a paz de espírito, só é lembrado no momentos em que este se encontra em estado terminal, diante de amargos arrependimentos de se ter passado uma vida sem viver.
Cabe nos aqui, ressaltar e refletir diante dos valores impostos hoje pela sociedade, cruel e desumana, em termos de consumo, que procura vender de tudo a todos a qualquer custo, sendo que, se nos encontramos espiritualmente fortalecidos, adquirimos os valores materiais gradativamente à medida de nossas necessidades. E, consequentemente, quando se leva uma vida de amor, de caridade, de lealdade, sem corrupção, sem roubo, sem ambições em detrimento do próximo para galgar o topo e ficar no poder, veremos que possuímos muito mais do que precisamos.