Homens ou ratos?
Ambiciosos, fortes, determinados, audaciosos, prepotentes e seguros. Talvez seja assim que eles se auto-qualifiquem. Mas só quem consegue enxergar o que há por trás daqueles olhos de vidro e daquela mente que se diz racional, perceberá a fragilidade existente sob essa máscara de ferro.
Se dizem superiores, mas em uma situação de risco se igualam a nós ratos que se escondem nas tocas e esperam a tormenta passar. Contraditórios, é assim que eu os definiria. Exterminam sua própria raça e a ao mesmo tempo são capazes de sentir e transmitir sentimentos inigualáveis. Justos e nobres quando lhes convém, mas cometem erros gritantes com eles próprios. O ser humano me assombra. Afinal são homens ou ratos? Agem tão irracionalmente que às vezes causam dúvida.
Mas o mais impressionante, e isso eu admiro, é a capacidade de sonhar. Quando os olhos de vidro se quabram e a alma se torna transparente, eu entendo porque são chamados de humanos, isso nós ratos, infelizmente, não temos.
O que lhes falta é humildade. Correm, correm e estão sempre atrasados tentando chegar a lugar nenhum. Os homens querem o mundo e nós ratos quaremos apenas um pedaço de queijo. Talvez se eles encontrassem o queijo, veriam que não precisam do mundo todo e de ambiciosos, passariam a ser felizes.