Chose de loque
Não sei se é do conhecimento de toda gente, os franceses não gostam de falar inglês, e outras línguas em geral. Mas falam, quando é preciso. Só que de um jeito diferente, muito próprio deles. Principalmente fazendo com que quase todas as palavras virem oxítonas.
Na avenida Champs Elysées tem uma estação de metrô chamada por eles de Frranquilime Rusivélti.
Como lá o h é mudo, nunca o aspiram à moda inglesa ou alemã. Certa vez ouvi falar em Itlér, o que de início me fez ficar boiando. Só fui entender no decorrer da conversa, pois o assunto era guerra, a segunda mundial...
Quando perguntaram se eu conhecia mi ami, não entendi. Se era meu amigo, claro que eu conhecia! Mas a coisa ficou feia quando quiseram saber se eu tinha ido lá. Como assim, já estão querendo xeretar minha vida, saber para onde eu vou com mi ami... Nãooo, é lá nos États-Unis, tentaram explicar. Custou, por fim compreendi.
Por essas e outras, eu tinha que andar sempre de orelha em pé. Mas às vezes a gente se distrai, né? Mesmo depois de acostumada, um dia fiquei abobada. Foi quando ao pesquisar sobre um assunto, o professor recomendou que eu lesse o artigo duma revista acabada de sair. Era Paris Mactch... ou Marie Claire? Não lembrava mais. Não tem problema, disse ele, é a que tem a capa ladidí.
Putz que parí, pensei, essa não vou perguntar. Na banca, não levei mais que um minuto pra descobrir. Bem destacada, lá estava a Paris Match pendurada. Com dois belos olhos azuis, a inglesa princesa estampada. Lady Di !