Pânico no Cinema
14/03/06
Pânico no Cinema
Um casal de apaixonados foi ao cinema, escolheu um filme bem romântico, daquele ‘tipo que floresce o amor com serenata e declaração eterna,... escrito nas estrelas’.
Escolheu os melhores lugares com vista para todas as direções. Neste ínterim, avistou um grupo com trajes meio estranhos para a ocasião, ambiente e clima: óculos escuros, paletó, boné, gravata... Passou adiante, pois não era da conta de ninguém o jeito se vestir. Como diz o ditado: “cada doido com sua mania”.
Sentaram-se. Mal foi apresentada a primeira cena do longa-metragem, a namorada gemeu. As mãos e os braços ficaram trêmulos e gelados, como se estivesse imaginando comemorando as bodas de prata, de bronze, de ouro. O namorado estranhou o comportamento da amada. Falou: “Não sabia que você era tão emotiva”. Mal ele pronunciou esta frase, sentiu uma furada de faca ou de tesoura no corpo. Saiu do local, acompanhado do grupo de agressores e logo reconheceu serem os mesmos sujeitos estranhos que entraram na sala de projeção. Ainda ameaçado com o objeto pontiagudo, fôra obrigado a entregar todos os cartões de créditos, cheques, etc.
Os assaltantes esbanjaram todos os limites especiais de crédito de suas vítimas, comprando tudo no Shopping mesmo.
Depois de terem esbanjado todos os bens do casalzinho, abandonaram-no no matagal deserto e foram brindar as suas façanhas em algum Hotel de Cinco Estrelas.
Assim que os namoradinhos sentiram-se sãos e salvos, andaram quilômetros e mais quilômetros até chegarem no distrito policial, contando, com detalhes, a trama recentemente passada no Shopping. Mas o delegado não pôde fazer nada e ainda acrescentou que “mil e uma pessoas” já tinham sido assaltadas por pessoas com aquelas mesmas características, mas que nunca foram capturadas pela polícia.
Para que a população não fique desinformada, o casalzinho publicou em todos os jornais, revistas, rádios,... o fato ocorrido, para que se preste mais atenção a quem está a nossa volta. Fizeram bem. Divulgar o ocorrido pode ajudar outras pessoas diante da mesma situação.
Baseado em fatos reais.
Adriana Quezado