INFARTO

Eu estava num hospital desses especializados em cardiologia – esses benditos e intitulados “hospitais do coração”. Três horas de atraso. Bateu uma fome daquelas. Fui à cantina com o intuito de comer algo que não entupisse mais ainda minhas artérias. Algo como um “sanduba” natural, um frango grelhado, um filé de peixe... coisas naturebas e sem gorduras trans, glúten, óleo em excesso, doces!

- E aí moça, o que “temos” para lanchar?

- Pastel, coxinha, queijada, enroladinho e refrigerante!

Pior que a moça da recepção acabou de me avisar que atrasaria mais duas horas. Ah...!

- Moça, manda pra cá duas coxinhas, dois pasteis, um refrigerante de 500 ml. Sim!... com bastante mostarda, maionese e ketchup. E de quebra um sorvete de sobremesa!

Cantou o Humberto: “ corrida pra vender cigarro / cigarro pra vender remédio / remédio pra curar a tosse/ tossir, cuspir, jogar pra fora!

Chega doutor...! O SUS está na UTI!