Esta é uma foto extinta ,assim como a Varig
*INCRIVEL!...QUEM MANDOU, ESTAVA PRESO!*
Atenção , senhores passageiros, sou o comandante do vôo 2797 da Varig e quero agradecer a preferência de todos nesta aeronave. O motivo de estarmos atrasados para decolar,é que existem problemas nos instrumentos de vôo do aeroporto de Curitiba.
Esta foi a informação dada nos alto-falantes do avião com destino a São Paulo naquela segunda-feira em que íamos eu e Elizabeth à Exposeg, Feira Internacional de Segurança, a se iniciar no dia seguinte. O vôo estava lotado e atrasado em mais de uma hora e quando finalmente partimos com destino à capital paulista,já sabíamos das confusões existentes mas não esperávamos que fossem em tal magnitude e que seríamos recepcionados pela Policia Federal, encapuzada e fortemente armada(houve ameaça de bomba no aeroporto de Congonhas). Foram momentos de angústia para retirar as bagagens e mais de três horas de espera por um táxi na fila. Os celulares estavam bloqueados, o trânsito uma loucura e os boatos corriam soltos por todos os cantos. Levamos uma hora e 15 minutos, num trajeto que exigiria no máximo 20 minutos, para chegarmos até o hotel.
Cansados e com fome, tivemos de nos contentar com um lanche no próprio local, pois não havia restaurante aberto no centro e o metrô corria o risco de parar a qualquer momento. Estávamos ali, sentindo na carne a angústia e o terror da população paulista. A cidade parecia um imenso barril de pólvora.
No dia seguinte, acordei cedo para saber dos últimos acontecimentos. Poderia me dirigir ao Terminal Santo Amaro que fica próximo da Transamérica Trade Center, local em que seria realizada a feira e que havia sido interditado por medida de precaução. Como não poderia ser diferente o primeiro dia da feira foi fraco, mas os dois dias seguintes de lotação completa.
O contraditório para mim, naquela semana, foi que em meio a uma feira de segurança eu me sentia “totalmente inseguro”. Tirando o susto inicial e o movimento no metrô o resto foi muito pior na TV do que ao vivo. São Paulo é por si só um país à parte, uma loucura e uma frenética luta pela sobrevivência. Voltamos após a feira e quando o ônibus da TTL saiu da rodoviária do Tietê e rumou para o sul, senti um grande alivio. Deitei a cabeça no encosto do banco, abracei Elizabeth,agradeci a Deus e peguei no sono sentindo-me um sobrevivente. Com a absoluta convicção de que quem manda em São Paulo... estáva preso!!!
Dias terríveis ,conturbados, com ataques do PCC ceifando vidas de inocentes e de muitos policiais. Ônibus queimados , o povo acuado e nós sem ter o que fazer, a não ser rezar,... para depois comentar. Imaginem hoje, que eles estão fazendo juntos com o congresso e o governo .
Publicado em -Diário Popular 19/06/2006
*INCRIVEL!...QUEM MANDOU, ESTAVA PRESO!*
Atenção , senhores passageiros, sou o comandante do vôo 2797 da Varig e quero agradecer a preferência de todos nesta aeronave. O motivo de estarmos atrasados para decolar,é que existem problemas nos instrumentos de vôo do aeroporto de Curitiba.
Esta foi a informação dada nos alto-falantes do avião com destino a São Paulo naquela segunda-feira em que íamos eu e Elizabeth à Exposeg, Feira Internacional de Segurança, a se iniciar no dia seguinte. O vôo estava lotado e atrasado em mais de uma hora e quando finalmente partimos com destino à capital paulista,já sabíamos das confusões existentes mas não esperávamos que fossem em tal magnitude e que seríamos recepcionados pela Policia Federal, encapuzada e fortemente armada(houve ameaça de bomba no aeroporto de Congonhas). Foram momentos de angústia para retirar as bagagens e mais de três horas de espera por um táxi na fila. Os celulares estavam bloqueados, o trânsito uma loucura e os boatos corriam soltos por todos os cantos. Levamos uma hora e 15 minutos, num trajeto que exigiria no máximo 20 minutos, para chegarmos até o hotel.
Cansados e com fome, tivemos de nos contentar com um lanche no próprio local, pois não havia restaurante aberto no centro e o metrô corria o risco de parar a qualquer momento. Estávamos ali, sentindo na carne a angústia e o terror da população paulista. A cidade parecia um imenso barril de pólvora.
No dia seguinte, acordei cedo para saber dos últimos acontecimentos. Poderia me dirigir ao Terminal Santo Amaro que fica próximo da Transamérica Trade Center, local em que seria realizada a feira e que havia sido interditado por medida de precaução. Como não poderia ser diferente o primeiro dia da feira foi fraco, mas os dois dias seguintes de lotação completa.
O contraditório para mim, naquela semana, foi que em meio a uma feira de segurança eu me sentia “totalmente inseguro”. Tirando o susto inicial e o movimento no metrô o resto foi muito pior na TV do que ao vivo. São Paulo é por si só um país à parte, uma loucura e uma frenética luta pela sobrevivência. Voltamos após a feira e quando o ônibus da TTL saiu da rodoviária do Tietê e rumou para o sul, senti um grande alivio. Deitei a cabeça no encosto do banco, abracei Elizabeth,agradeci a Deus e peguei no sono sentindo-me um sobrevivente. Com a absoluta convicção de que quem manda em São Paulo... estáva preso!!!
Dias terríveis ,conturbados, com ataques do PCC ceifando vidas de inocentes e de muitos policiais. Ônibus queimados , o povo acuado e nós sem ter o que fazer, a não ser rezar,... para depois comentar. Imaginem hoje, que eles estão fazendo juntos com o congresso e o governo .
Publicado em -Diário Popular 19/06/2006