AS DESAVENÇAS ENTRE O EGO E O ID
 
Domingo frio, sem graça – como todo domingo – fim do dia, a noite se aproxima e a melancolia ameaça invadir a intimidade de meus pensamentos, aguçando minhas reflexões, enfraquecendo a minha vontade. Vontade de não ser, vontade de não lembrar. Será depressão, fragilidade ou incompetência?
 
O que posso dizer é que, muito provavelmente, o conjunto de experiências que o indivíduo possui de si mesmo (EGO) e o aspecto de sua personalidade, relacionada com as reações instintivas (ID) entram em constante conflito de ser e poder para burlar a nossa guarda e instalar a insegurança em nossas mentes.
 
Resta-nos saber identificar o momento exato em que esse destempero irá ocorrer para que fechemos todas as abas de nossa caixa protetora para que a tristeza, mesmo um pequeno fio, não consiga ser mais ligeira do que nossa percepção e avance sorrateira, contaminando nosso equilíbrio emocional.
 
A ameaça existe, está sempre me rondando, ás vezes, me pega desprevenida, dominando-me e fazendo o estrago característico dos fortes que vencem os mais desavisados. Quando estou atenta ás invasões desse mal, busco a cura da forma mais simples. Escrevo. Libero as minhas fantasias, faço poesia e, à medida que as letras vão pingando no papel, em mais um de meus “delírios literários”, sinto-me muito mais leve!
 
- Que se danem o EGO e o ID, suas desavenças e também o seu descobridor - Freud! Eu queria mesmo era sair por aí, caminhar sem rumo, tomar uma cerveja gelada com os amigos (topas, Zélia?) eximir-me de culpas e arrependimentos inúteis e amar muito! Muito mais do que eu tenho amado!