Cansei De Viver Das Lembranças...


Chega um momento na vida que cansamos de viver com lembranças que aconteceram no passado, até mesmo o passado recente acaba nos incomodando, esquecemos de viver o presente momento. E eu cansei...Quero e preciso viver o agora.
 
Devemos esquecer as nossas piores decepções e relembrá-las apenas quando caso a vida venha nos repetir a mesma cena para não errarmos novamente, não adianta dizer que não quer sofrer, que não quer chorar, porque essas coisas são inevitáveis, faz parte da nossa vida, o sofrimento nos atinge de várias formas, assim como as lágrimas também. 
 
Mas o que eu não quero, e que ninguém deve fazer é remoer um passado amargo e cheio de dor. Viver de lembranças ruins é a pior coisa que podemos fazer. Somente devemos ter boas recordações, dos momentos em que foram realmente bons. Não podemos guardar para o resto da vida coisas que nos torturaram e que nos magoaram profundamente.
 
Quando encontramos alguém com paciência para nos ouvir desabafamos e toda dor vai se diluindo, mas quando não temos ninguém para falar o que sentimos, parece que a dor vai ficando cada vez maior.

E é por isso que escrevo. Muitos não acreditam, porém Deus  está na nossa vida, nos momentos mais sofridos em que sentimos por dentro um vazio imenso, como se estivéssemos anestesiados pela dor a presença calma e dócil desse ser Magnânimo nos confortando nos alivia muito.
 
Faz com que todo aquele desânimo, fraqueza de espírito vão aos poucos se dissolvendo. Vamos analisando e nos conscientizando, que a nossa generosidade mesmo tendo encontrado  ingratidão, fica o perdão, mesmo tendo nos confrontado com o descaso e indiferença, restou o  fortalecimento., mesmo tendo ficado de cara com o ódio e com a inveja ,fica o amor
 
No nosso momento de silêncio, vamos aos poucos nos conscientizando o quanto fomos ingênuos, o quanto que também erramos. Quando falo que precisamos deixar de viver de lembranças, é porque precisamos mais a aprender a brindar o presente, que é preciso aprender a entender, que aquelas pessoas que estiveram ao nosso lado e que hoje seguem outros caminhos não voltará mais ou nem será mais aquela pessoa de outrora que trazia o balsamo para o seu coração.
 
Nada na nossa vida acontece por acaso ou quando escolhemos. Entregamos ás vezes, o nosso coração para alguém ou vivemos junto os problemas de alguém, sofremos com ela esquecendo completamente de nós, e de repente a mesma vai aos poucos se afastando e tudo que foi vivido, situações que se passaram passa ser esquecidas, qualquer sentimento de conservação deixa de existir, e nos tornamos como roupas velhas e gastas para elas.
 
Algumas pessoas que passam pela nossa vida são dominadas pela matéria, egoísmo e hipocrisia sempre querendo tirar vantagem de alguma coisa, faltam com a benevolência sincera, justiça e lealdade, caminhando por lugares mais fáceis.
 
Têm pessoas que por vezes esquecem que a bondade e o perdão são sentimentos que podem trazer alívio para uma alma quando esta está pesada pela dor, que as amizades devem ser cultivadas e cuidadas todos os dias, que ela deve ser traduzida em ações, em gestos de carinho, atenção, dedicação e amor.
 
Amar verdadeiramente incondicionalmente alguém é desejar sempre que outro seja feliz estando ou não ao seu lado. Quando aprendemos a desatar os laços, vamos também aprendendo nos acomodar a uma nova vida. Sei que não é fácil, mas o que não podemos é desanimar e nem parar no meio do caminho.
 
Quando trazemos boa energia para nós mesmos, tudo fica mais fácil, começamos a sentir de novo a nossa força interior. A verdadeira felicidade somente acontece quando o nosso coração, nossa alma se acalma ou quando o nosso coração bate no mesmo ritmo de amor com a nossa maior luz... Deus!
 
Então as transformações começam a acontecer. Não podemos deixar criar barreiras na nossa evolução, temos que aprender nos aceitar como somos e gostarmos de ser como somos, trazer a felicidade para junto de nós, pois somente dessa forma a nossa vida poderá ser moldada com beleza, de uma forma mais absoluta no que toca a nossa moral e atitudes.


17 / 11 / 2005