A biblioteca
A biblioteca
A Isabel... Minha personagem marcante...
Ah! a Isabel estava a atacada, ontem... Muito o que dizer... Muito o que fazer... Arrepio!
Cabelos soltos, presos... Calor... O insuportável calor! (Como reclama!!).
Preparo das aulas... E coisas e coisas... Sexta-feira... Fim de semana chegando. Que nada!... Mais coisas entulhadas. (_ Quem reclama!?).
Bom... Isabel, quem já leu algo sobre ela sabe, tem insônia, fala sozinha... Olha o mundo do avesso... Cuida de todo o contexto.
Ontem, foi um dia difícil... Olhava atenta os edifícios... Tudo parecia castigo... (Ela... Ela acredita nisso!)...
Correu cedo... Atrasada. Vinte minutos de caminhada... Escola aberta... Alunos em fila... Coisa louca, ninguém acredita...
Preparo, amparo, reparo... E nada!... Coisas de Isabel! _ São Cento e cinquenta embrulhados em papel colorido... Parece presente... Depois...!!! (Precisa dizer isso!?... Que coisa!)...
Olhou-se no espelho, não gosta de fazer isso. Sente-se mal com o tempo perdido... Agredido... Pentear os cabelos um desastre... É grande... Tarefa desnecessária...
Cara limpa, na varanda... Nem pensar em maquilagem. Volta-se para os anos que passaram... Pensa na bagagem que trouxera... Dois gomos na cintura, que não estavam ali, na semana passada... _ Estou mudando!
(Mentira!!...)
Voltou pra casa... _ Cansaço!... Remédio pra arritmia... Que remédio!!!
Pergunta-se: _ Quanto um coração pode bater?... 180... Tá certo!...
(Isabel dá voltas de 360 graus em cada feito... A metade é o bater da metade... Matemática!!)... _ Blablabá!! ( Não começa!!)
Foi lá, beber o suco... Aquele com dois copos... Aquele que deixa o balconista sem saber do que ela fala... Se fosse caldo-de-cana... Precisaria de mais insulina... Fabricamos noite e dia... (_ Quem sabe precisamos pensar nisso!?...) ( Não! Nem inventa!...)
Quem, em sã consciência, saberia o que ela diz!?
Trezentos livros para ler (Sempre ajudo, quando possível)... Mais um curso, mais um trabalho... Isabel quer sair...
Saiu!... Foi-se!... Encontrou o contorno da esquina... Foi e olhou o que havia... _ Mais uma loja de 1,99... Quantas mais ainda criariam... Nada contra, adoro xícaras... Mas, vem da onde essa... Iguaria...
Atacada... Era isso... Eu me perdia... Era Maria, quem falou: _ Bom dia!
_ Bom dia, Dona Maria!... ( quem é essa criatura!?...)...
Não há biblioteca, no bairro de Isabel... Todo o tormento era esse... Queria virar uma traça... Esconder-se... Sufocar-se!... _ Sufocar-se!? Conta direito!... Você já viu uma traça de livro sufocada?... No máximo, esmagada... E mesmo assim, depois de um tempão!!... (tá certo, Isabel. Usei o termo errado... Conto nas tuas fibras o meu recado...)
07:58