MÃE MATA BEBÊ COM 9 MARTELADAS NA CABEÇA...

Após ter lido a manchete acima, responda esta primeira pergunta: qual sensação permeou o seu ser? Provavelmente de indignação, ódio e outros pensamentos não muito agradáveis. Antes mesmo de ter acabado de ler a manchete, toda a sua estrutura psíquica perdeu o rumo da sanidade e conseqüentemente todo o seu corpo sentiu. Claro que imaginou a cabeça de um bebê, no auge da sua inocência, sendo martelada até ser exaustivamente esbagaçada por uma mãe completamente irada. Caso tenha um filho, também é quase certo que pensou nele neste momento ou que sua imaginação tenha se alimentado de um sofrimento ainda mais intenso por causa dele. Logo percebemos o quanto nossas reações demonstram aquilo que pensamos.

Agora vamos à segunda pergunta: quando você come algo que não esteja em condições apropriadas para ser consumido, o que acontece? É evidente que o seu corpo físico reage de uma forma doentia. Essa reação é natural porque o seu corpo é produto daquilo com que você o alimenta. Alimente-o com frutas frescas e ele será avesso às doenças; alimente-o com carniças e ele será uma ferida ambulante esbugalhada. A equivalência deste exemplo é ainda mais assustadora quando transportamos seus efeitos para a nossa verdadeira tutora - a mente. Quando a alimentamos com pensamentos criativos, realizadores, altruístas e cheios de vitórias, então construímos em nós verdadeiro oásis de energia límpida que fortalece o amor próprio e nos dá coragem para lutar sempre, haja o que houver. Mas se ao contrário, preferimos as lamúrias ou as manchetes que invocam as desgraças, eis por mérito e louvor todos os nossos passos - chagas invisíveis e cancerosas. Ralph Waldo Emerson conhecia tão bem esta analogia que chegou a declarar compulsivamente: “Nada é sagrado, senão a integridade da mente”.

Observem no dia-a-dia como são extraordinárias as diferenças entre as pessoas que preferem ler um poema lírico, e aquelas que se sucumbem a folhear página por página de manchetes sangrentas. As primeiras, com certeza, são mais tranqüilas e realizam com mais facilidade os seus sonhos. Elas se inspiram em idéias que, para além de qualquer suspeita, não são miseráveis. São legitimadas pelos pensamentos bons que constroem o alicerce de suas vidas. São inegáveis estas conclusões: “O que pensais - passais a ser” (Gandhi). “O que somos é conseqüência do que pensamos” (Buda).

Todo o nosso mundo gira em torno do que pensamos - nossos atos são apenas pensamentos cristalizados em forma de matéria. E mesmo quando não se solidifica aos olhos, constrói ou destrói na forma de palavras ou frases de um modo avassalador ou como bem refletiu Plínio Salgado: “As palavras, as frases, uma vez pronunciadas, não morrem mais”.

Para sermos felizes e vencedores, nada mais natural que alimentarmos a fonte dos pensamentos, a mente, com verdadeiras iguarias como: “Pelo poder do pensamento somos co-criadores do universo. Cada pensamento consciente que emitimos modifica a realidade das coisas. Pensar é causar” (Martin Claret). Desejando nos alimentar sempre de pensamentos cheios de determinação e compartilharmos com outros nossas vitórias lembremo-nos: os grandes pensamentos, os mais profundos vêm sempre do coração. Depois de muito exercitarmos a mente com os alteres mais pesados, pensamentos de amor incondicional, é chegada a hora de transportá-la para o coração - assim a alma jamais adoecerá - até mesmo permitirá ao corpo uma sobrevida.

Em nossas vidas, as catástrofes de âmbito pessoal são sempre precedidas por uma velha conhecida - a preguiça mental. Quando deixamos que ela ocupe a mente, esta franqueia a entrada aos tipos mais grotescos de pensamentos que, quando cristalizados transformam-se em atitudes derrotistas e tragédias anunciadas. A preguiça mental é atualmente a maior doença da humanidade. Para os preguiçosos, Francis Bacon adverte: “Quem não quer pensar é fanático; quem não pode pensar é idiota; quem não ousa pensar é covarde”.

Viver ou Morrer; Vencer ou Perder; Amar ou Odiar; Alegrar-se ou Angustiar-se - estas serão sempre escolhas dos nossos pensamentos. Estes são as marteladas ou o sorriso da nossa mamãe, irada ou vigilante, que nos acorda pela manhã e à noite nos afaga a ninar com seus carinhos. E NÃO PODEMOS NOS ESQUECER QUE A DÉCIMA MARTELADA É SEMPRE NA NOSSA PRÓPRIA CABEÇA.


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