Madame antes do nome

De vez em quando a vida dá umas mudadas e até acontecem coisas engraçadas. Abri um novo e-mail e lá pus o nome Madame Cruz. Beatriz é como me chamo, todo mundo sabe, apenas assim, Beatriz, só. Mas não precisam ficar com dó, pois apelidos tenho, e de montão.

Mandado o endereço, comentários recebi. “Como és criativa!”, alguém escreveu. “Que pomposo, que chique”, outra me disse. E como eu já previa, não faltou a famosa alusão: “Parece nome de cigana, venha ler as cartas e a palma da minha mão”. Confesso a vocês, na hora da invenção, juro, não me passou pela telha uma outra conexão. Infeliz... aquela da dona da casa da luz vermelha, Beatriz! Mas agora já foi, nada tenho a ver com bordel, que fique bem claro ao povaréu.

Francamente, no meio de estrangeiros, Madame é corriqueiro. E assim eu era chamada, com todo respeito, no colégio franco-brasileiro.

Mas lá havia também certos compatriotas que adoravam fazer chacotas. Sem perdoar, monsieur Martin logo me apelidou de madame Croix. Dá pra acreditar?