O MORCEGO E O VAGA-LUME

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Não faz muito, um jovem escriba, lastimava-se em uma crônica, de que enfrentava uma instintiva e amarga batalha de alguns oficiais (mais calejados) do mesmo ofício, que ao reconhecerem um pouco de talento em seus escritos, passaram a procurar seus deslizes textuais (natural em qualquer iniciante nas letras) para criticá-lo.

É fato mais que comum em qualquer portal que hospede textos abertos a comentários, encontrarmos alguém a ensaiar seus pendores para a crítica; no que não há nada de mais, pois onde há escritores, haverá críticos e escritores críticos. Porém, ensaiá-los a custa de poetas e prosadores iniciantes, ainda claudicantes, é um grande equívoco. Não é mesmo?

A crônica do jovem escriba, trouxe-me a lembrança de uma fábula moderna que rodou por esta vasta internet, sem autoria específica, que mesmo não sendo de Freud, explica o motivo pelo qual o jovem cronista recebe esse assédio crítico. Com sua licença, vou parafraseá-la:

O Morcego e o Vaga-Lume

Era uma vez um morcego que começou a perseguir um vaga-lume que só tinha a intenção de brilhar na noite escura.

Ele vivia a fugir com medo do feroz predador que nem pensava em desistir.

Foram dias, semanas a fugir. Era só o vaga-lume sair para seu passeio noturno e lá vinha o morcego a persegui-lo.

Um dia, de “saco cheio” e já sem forças para outra fuga, o vaga-lume parou, e, virando-se ao morcego, lhe disse:

- Posso lhe fazer três perguntas?

- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te jantar mesmo, pode perguntar...

- Pertenço a sua cadeia alimentar?

- Não.

- Te fiz alguma coisa?

- Não.

- Então por que você quer me jantar?

- Porque não suporto ver alguém brilhar... ®Sérgio.

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Se você encontrar erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 19/03/2009
Reeditado em 05/06/2013
Código do texto: T1495428
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