UMA TULIPA VERMELHA
Tampo os olhos, apertados.
Nada me vem à mente.
Coração? Sentes?
Que está acontecendo? _ Nada?! Os sentidos calados?
Os sentidos estão ausentes, evitam uma censura ou uma análise, um julgamento? Não me conheço. Olho e não enxergo. O coração bate, mas não responde nada, nem a pergunta ainda é conscientizada! Quero resposta à coisa não perguntada? Quê ausência é esta se estou presente e quero formular indagações... Pois, uma coisa eu sinto: algo está ocluso e não chegou ainda a mim. O pensamento está vago, nem isso, está ausente. A emoção parece que também.
Mas estou viva. Abaixo os olhos. Estou viva, porque não vejo nada a não ser o piso branco do meu quarto? Mereço a vida?!
Humm... O esforço em entender começa a me incomodar. Já tomei o meu café fresquinho com pão na chapa, estava bom. Vi as vasilhas sem lavar na pia: não vou fazer isso agora. Já tomei os meus remédios. Tudo está no seu normal, porque ainda não me encontrei? E por que ter lucidez sempre? Meus filhos estão bem, ontem vieram e fomos juntos almoçar no restaurante Vila Rica, os três, e comemoramos os bens que a vida dá ou são conquistados. Alegres e agradecidos a Deus. A noite foi fresca, não precisou ligar o ar condicionado. Dormi bem. Na varanda já estavam uns selinhos procurando e aguardando a sua aguinha que ainda não chegara. Na jardineira, uma tulipa está se entreabrindo antes da haste se desenvolver. Vou lá dar uma olhada.
Sim uma tulipa vermelha, do vermelho mais perfeito floriu, venceu as interferências indevidas que foram feitas sobre ela, estava enterrada demais, ficou tempo demais na geladeira, mas a vida guardada nela foi mais forte que a adversidade e brotou forte e floriu, venceu os obstáculos encontrados pela frente de sua natureza, adaptou-se ao tanto que suportou e vingou, cumprindo a sua função, ser flor.
Mesmo com a haste curta e larga, mas ainda meio que talo verde e forte, ela veio à vida e floresce. Não tem a perfeição das bem nascidas, mas é viva, linda e tem o vermelho mais lindo que já vi.
Oh tulipa vermelha e linda, você é coisa mais bela do dia!
Tampo os olhos, apertados.
Nada me vem à mente.
Coração? Sentes?
Que está acontecendo? _ Nada?! Os sentidos calados?
Os sentidos estão ausentes, evitam uma censura ou uma análise, um julgamento? Não me conheço. Olho e não enxergo. O coração bate, mas não responde nada, nem a pergunta ainda é conscientizada! Quero resposta à coisa não perguntada? Quê ausência é esta se estou presente e quero formular indagações... Pois, uma coisa eu sinto: algo está ocluso e não chegou ainda a mim. O pensamento está vago, nem isso, está ausente. A emoção parece que também.
Mas estou viva. Abaixo os olhos. Estou viva, porque não vejo nada a não ser o piso branco do meu quarto? Mereço a vida?!
Humm... O esforço em entender começa a me incomodar. Já tomei o meu café fresquinho com pão na chapa, estava bom. Vi as vasilhas sem lavar na pia: não vou fazer isso agora. Já tomei os meus remédios. Tudo está no seu normal, porque ainda não me encontrei? E por que ter lucidez sempre? Meus filhos estão bem, ontem vieram e fomos juntos almoçar no restaurante Vila Rica, os três, e comemoramos os bens que a vida dá ou são conquistados. Alegres e agradecidos a Deus. A noite foi fresca, não precisou ligar o ar condicionado. Dormi bem. Na varanda já estavam uns selinhos procurando e aguardando a sua aguinha que ainda não chegara. Na jardineira, uma tulipa está se entreabrindo antes da haste se desenvolver. Vou lá dar uma olhada.
Sim uma tulipa vermelha, do vermelho mais perfeito floriu, venceu as interferências indevidas que foram feitas sobre ela, estava enterrada demais, ficou tempo demais na geladeira, mas a vida guardada nela foi mais forte que a adversidade e brotou forte e floriu, venceu os obstáculos encontrados pela frente de sua natureza, adaptou-se ao tanto que suportou e vingou, cumprindo a sua função, ser flor.
Mesmo com a haste curta e larga, mas ainda meio que talo verde e forte, ela veio à vida e floresce. Não tem a perfeição das bem nascidas, mas é viva, linda e tem o vermelho mais lindo que já vi.
Oh tulipa vermelha e linda, você é coisa mais bela do dia!