POR QUE VOCÊ SE FOI?

PARA VOCÊ, QUE JÁ NÃO ME FALA E JÁ NÃO MAIS ME OUVE E NO ENTANTO, EU NÃO CONSIGO ESQUECER...

Não, não foi a cotovia que cantou e me despertou, foi o meu próprio silêncio que gritou e roubou o meu pensamento que até então te abraçava. Sentindo a tua fuga, absorvo o perfume que ainda está impregnado na minha pele e no lençol da minha imaginação e me perco nas lembranças...

Mas, o que farei com as lembranças? Me levará a entorpecer de saudade? O que farei com a saudade...? Por quê? Por quê? viver esta fantasia em câmara lenta quando o bom seria ter uma câmara que devolvesse você em forma rápida? Mas, de qual filme quero participar? Não! Não quero estar num filme choramingando feito uma pobrezinha abandonada. Quero um filme que fale de nós dois. Quero ser a própria heroína, serei uma Dra. Han Suyin e serás o meu Mark Elliott e reviveremos Love Is a Many-Splendored Thing

E me ponho a indagar: tudo isso é sonho ou realidade? Deitado estiveste comigo por uma noite toda? Confundem-me as lembranças e tenho medo da minha imaginação que de tanto desejar-te cria fantasias, que se perdem na bruma e nunca mais perto de mim consigo te encontrar, só te imagino, só te descubro perdido dentro de mim, mesmo assim te desejo e te sinto forte e dono. Enquanto eu... Apenas lembranças... Por que você se foi...?

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 18/03/2009
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