A saudade de quem não tem asas
Para minha pequenina estrelinha do norte
...e confesso que naquela noite que a vi e não sabia que mais a veria, pensei em tomá-la em meus braços, saber de seus amores morto-vivos, seus sonhos e suas tristezas, mas apenas brinquei com o formato engraçado do seu nariz e a deixei partir já que eu não poderia ficar.
A vida continuou e , agora, depois de um ano, "eu falo" e ela me "escuta"(estão em aspas porque, embora sejam escritas, não possuem som algum), distante, lá onde o mar tem um cheiro diferente e a chuva nunca me traria a nostalgia.
Hoje, talvez eu a tenha de uma forma mais pura, como as nuvens que trazem as noticias do norte, mas ainda sinto vontade de cuidar dela, de fechar seus olhos para que sinta eu a abraçando eternamente e, terminando a eternidade desse abraço que ela tanto precisa, sinta um beijo na testa com um afago nos cabelos desajeitado e molhado por lágrimas, arrumando-os por trás da orelha, para que quando o sol nascer, seja hora dela refletir seus raios em seus cabelos tão sonhadores...
...que um dia encontres alguém que tenha asas e te leve para o paraíso onde apenas apontei o caminho entre as estrelas...