A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO PODER
Para minha surpresa, vejo a Esplanada acordar com um grito de repúdio ao filho pródigo do socialismo. Não foi um grito qualquer. Foi um brado angustiado de um companheiro que acordou para a mais dura, nua e crua realidade da política nacional: ROUBARAM NOSSO SONHO.
Ao que tudo se sabe, a base sindical do Serviço Público Federal, mais conhecida como PCC, após um calvário em mesas de negociações, caiu na real e concluiu que os acordos firmados não serão honrados. E assim, só resta aos sobreviventes da guerrilha urbana vestir a velha fantasia de grevista radical e convocar a turma para a trincheira.
De piquete em piquete, como diria Nelson Piquet, o repúdio da companheirada na rampa do Palácio do Planalto sobrou para a Presidenta do Chile a não menos companheira BACHELET, que, em sua primeira visita oficial a terra Brasilis presenciou um inesperado APITAÇO.
Resta saber, quantos manifestantes de fato se manifestavam e quantos vigiavam a manifestação, pois como se sabe, ninguém inventou uma máquina ou método eficiente para contar manifestantes. A policia dirá que foram 300; os jornais dirão que foram 500 e os manifestantes dirão que foram 1.000. Não importa. O que não se pode negar é que o fato, em si, carrega a significância se levarmos em conta que os movimentos sindicais são manipulados pela CUT que é manipulada pelo PT e partidos congêneres.
Não sou PAULO COELHO, mas posso afirmar que o universo conspira ao nosso favor. Como diria Lula em tempos idos: A LUTA CONTINUA.