A DAMA OU A PROSTITUTA?

Certa vez um poeta chamado Henrique Diógenis, disse: “ para amar, as pessoas precisam pensar mais e sentir menos”. E outro poeta chamado Jerônimo Maria, disse outrora: “amar é se transbordar em sentimentos”.

O primeiro poeta pôs o amor como sendo algo racional, despregado de sentimento... fora do egoísmo. O segundo poeta mostra como todos os outros já mostraram que, o amor é gostar, é sentir saudade, é sentir a falta. É ser egoísta – é sentir ciúmes!

Agora vou contar uma estorinha, prestem atenção na narrativa:

Havia numa cidade chamada Uacam no sertão do pólo norte, duas mulheres: uma dama da classe social, e uma prostituta. A dama sentia um ciúme medonho do marido, gostava dele como um beija-flor da flor. E a prostituta lá, no cantinho dela... como uma mulher sem classe e escrachada pela sociedade! Só que a tal dama traia o marido com um garotão...mas dizia amar o marido mais que tudo, sentia um ciúme e uma saudade danada. Nisso esse tal marido da dama nas andanças pelos cabarés da vida, encontrou a prostituta...começaram um caso, ele a tirou do cabaré e deu uma boa vida a mesma. Uma vida que a senhora casada, tida como dama honrada na sociedade já levava fazia muito tempo. A dama contraiu um câncer de mama e morreu... obviamente, morreu como uma mulher digna. O senhorzinho lá, assumiu a prostituta e foi criticado por toda cidade. Ele contraíra um câncer na próstata – a prostitua cuidou dele até a morte, o respeitou até a hora dele bater as botas, e nunca o traiu. E mais, ela dizia que nunca sentira um pingo de sentimento pelo senhorzinho, nunca sentiu saudades ou ciúmes, mas que a ele devia sensatez e honradez até que a morte os separasse – olhe... quem usou véu e grinalda, e se ajoelhou em altar foi a madame falecida. O senhorzinho eu sei que não amou ninguém...

... Agora eu vos pergunto: quem amou de verdade, a dama ou a prostituta?

Deleitem-se nas citações dos poetas...!