Mais um pouquinho de etileno!

Somos imaturos. Sempre que algo novo nos surge, muitas vezes quando se repetem. Amadurecimento demora muito mais do que pensamos.

É fácil olhar os outros e julgar os passos dados em falso, retrucar como deveria ter sido, como deveriam ter feito. O sentido do erro está principalmente na falta de frieza ao analisar situação da qual faz parte. A maturidade está em encontrar seu equilíbrio e atingir - conseguir - o auto-controle. Muitas vezes, sabe-se exatamente o que deve ser feito, mas se passa longe de conseguí-lo. Talvez por isso que os Best-sellers ensinam - ou pelo menos, incessantemente, repetem - acerca deste tal "amor próprio". Na mais cruel realidade, é mais ou menos assim que se amadurece:

Erre. E com o tempo verá que muitos erros não te ensinam nada, até que seus fardos de consequência lhe passem a pesar.

Sofra. O sofrimento é inevitável, e caso não existisse, o êxtase do alívio também não teria sentido. O primeiro, qual nunca acaba, é um dos males com o qual se aprende a lidar com o tempo. Nunca desaparece, mas as mãos calejam e tornar-se-ão, talvez, menos doloridos os trajetos.

Ame. O suficiente para perder a respiração de felicidade, o suficiente para perder a respiração de medo, da perda, da falta. O medo passa, por que estas coisas às vezes chegam. Talvez você chore; talvez sinta uma dor tão insuportável, e tão funda no peito, que depois de algum tempo, já anestesiado, o fará mais forte. Ou tão mais fraco e covarde. E se voltar a ser este fraco e covarde, também assim, voltará dor, por diante em ciclos, até que cicatrize, junto às suas tantas outras marcas.

Vai ver que a vida não ensina. Vai ver que não existe frieza sem choque. Vai ver que somos todos frágeis feito louça até que, de tanto conserto, nos tornamos fortes, ou no mínimo grosseiros o suficiente.

Mas erre. Pois o erro te faz humano. Te faz vítima, depois guerreiro. Rouba-lhe a glória e, depois de superado, devolve-lhe o orgulho.

O pragmatismo é inatingível.

Somos maduros suficientes para agir da maneira correta se estivermos fora da conjuntura de qualquer problemática. Enquanto pertencer a ela, tudo que concluiremos é o quanto temos a aprender. Por que estamos longe, muito longe, de conhecer a nós mesmos.

Larissa Godoy
Enviado por Larissa Godoy em 13/03/2009
Reeditado em 19/11/2009
Código do texto: T1484792
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