Apenas uma mulher -II

Acorda se lenvanta, faz seu café, usou o resto do pó
tem que se lembrar de comprar.
Faz suas obrigaçãoes de todas as manhãs.
Cuidar dos cães.
Filhotinhos reclamam, levar ração, que bom já comem.
Tem que vigiar, mamãe folgada, gosta da raçãosinha deles.
Dá a vitamina da mamãe.
Eles terão que crescer fortes e saudáveis.
Bom agora se trocar e ir á luta seu destino: Banco Itaú.
Há pouco dias seu degaste lá dentro dele foi tanto
que passou o fim de semana doente, dores de cabeça
tem a pressão alta.
Nesse dia depois de entrar em contato com todos os gerentes
e de já estar chamando a atenção de todos os presentes no banco
coisa que ela pouco liga.
Ameaça encerrar a conta, vai ao caixa sacar seus miseros trocados.
Quando volta um gerente a chama
pergunta quanto a senhora precisa mesmo?
Apenas 4.000,00 reais
Vou olhar tudo direitinho para a senhora
e ver o que posso fazer.
Preciso de dois dias úteis.
Pergunta ansiosa, conseguirá?
Lhe respode:Se estou falando...
Hoje todo bonsinho:
Olha fiz o que pude, mas foi negado.
Ela o olha com ódio e diz, juro que hoje não vou me desgastar.
Olha para o outro gerente que a havia atendido antes, está ao telefone, pois não estamos as suas ordens, já está a sua disposição.
Olha irônicamente, ele entende.
Diz tenho conta no Itaú desde que não existia nem computador, eram máqinas de ecrever e calculadoras.
Já dei muito dinheiro para o Itaú, taxas exorbitantes, juros
que chegam a mais de 8%.
Agora se aplicarmos não pagam nem 2%.
Está rico, comprando bancos, a nossas custas.
É uma máfia.
Como a do ouro branco, o leite.
Os maiores produtores recebem mais.
Os pequenos nem 0,50 centavos o litro.
A corda só arrebenta pelo lado mais fraco.
E vem o senhor Lula com gracinhas:
Lá fora um TSUNAMI aqui no Brasil um simples vento.
O gerente vai lhe entregar o cartão, furiosa diz:
Vou encerrar a conta, assina a papelada, porque
gostam de papel mesmo.
Inutiliza o cartão.
Uma página virada.
Sai revoltada mas com dignidade.
Entra em um sebo, depois de cobiçar quase todos os livros
escolhe, Galileu.
Pechincha o preço.
Quer chegar em casa, ler e esquecer o mundo lá fora.
Odeia a capital.
Em minas era um pouco respeitada, conhecida.
Ainda voltará, pensa.
Pensar é causar...









martamaria
Enviado por martamaria em 10/03/2009
Reeditado em 18/03/2009
Código do texto: T1479651
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