Mais uma vez amor

Mais uma vez vi o poder de criar força. Triplicar suor. Recriar argumentos. Renascer unhas e dentes. Assumir intrépida defesa.

Desta vez, conheci batalha que não seria minha. Não escolheria. Não defenderia. Não agüentaria. Não insistiria. Pela qual eu não viveria. E pela qual não me manteria presa.

Sem prever, tomei-a instintiva, amorosa e bravamente como minha. Escolhi sem pestanejar. Agüentei, respondi ou ignorei questionamentos. Reinventei força. Defendi com honra. Insisti com inabalável fidelidade. E acabei também tomando como objetivo de vida. Nada por submissão, falsidade e muito menos gentileza.

Testemunhei que fidelidade e compromisso devem ser legitimamente profundos e infinitamente intensos, porque quando atacados, pressionados ou criticados com armas sabiamente eficazes, se efetivamente verdadeiros, permanecem absolutamente ilesos.

E que a luta a dois, lado a lado, se movida por amor, tem poder incomensurável. E este poder só existe quando é possível amar por acreditar e acreditar por amar. E que essa é a grande proeza.

Mais uma vez vi que estas são as verdades que valem à pena. Estas onde não interessa o futuro, mas a batalha feita com amor, com entrega, com dedicação e sem busca por reconhecimento. Só pelo desejo profundo. Por querer com ardor.

Desta vez vi o que preciso desejar para o mundo. Ou pra quem for.

Outra vez a vida se encarregou de tudo e fez sua lição se impor.

E mais uma vez esta lição era amor.