O sucesso, a fama e suas conseqüências.
by - Vincent Benedicto
Quem ainda não leu “O Código da Vinci” de Dan Brown deveria ler. Não terminei de ler ainda, mas posso afirmar que é ótimo. O livro é um "thriller" cujos personagens principais precisam seguir pistas na esperança de encontrar uma importante relíquia religiosa.
“O curador do Louvre foi encontrado assassinado dentro do museu com uma misteriosa mensagem ao lado do corpo. À medida que Langdon e uma talentosa criptógrafa francesa, Sophie Neveu, vão decifrando uma por uma as estranhas charadas que se apresentam, surpreendem-se ao descobrir pistas ocultas na obra de Da Vinci – visíveis a todos, porém engenhosamente disfarçadas pelo pintor”.
O romance gira em torno de um caso internacional de assassinato, centrado nas tentativas de se descobrir um segredo sobre a vida de Cristo, segredo esse que uma sociedade obscura tenta proteger há séculos. A maior revelação do livro é a de que Jesus teria se casado com Maria Madalena e teria tido filhos com ela.
É uma obra de ficção, mas para igreja – toda poderosa, onde até suas moedas são de ouro, que ignora sua própria hipocrisia, esquecendo do que foi no passado e das verdades que ocultam até o dia de hoje – é no mínimo obra do maligno. (Quando eu digo que esquece sua própria hipocrisia, digo convicto pelo significado da palavra. Hipocrisia quer dizer: Vício que consiste em se aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem. Falsidade, fingimento).
Hoje dia 30 de abril de 2006, lendo algumas reportagens no “Reusters” – Agencia internacional de notícias – um artigo escrito por Philip Pullella dizia o seguinte:
“O Vaticano intensificou sua ofensiva contra o filme "O Código Da Vinci" nesta sexta-feira 28/04/2006, dia em que uma autoridade próxima ao papa Bento 16 acusou o livro homônimo de conter várias mentiras anticristãs e convocou os católicos a boicotar o filme.
O mais recente ataque partiu do arcebispo Angelo Amato, o número dois no órgão doutrinário do Vaticano, comandado por Bento 16 antes de ele ser eleito papa, no ano passado. Amato, em declarações dadas durante uma conferência católica realizada em Roma, disse que o livro era "profundamente anticristão" e que estava "cheio de calúnias, ofensas e erros históricos e teológicos a respeito de Jesus, dos Evangelhos e da Igreja".
O arcebispo acrescentou: "Espero que vocês boicotem o filme".
A produção do longa-metragem, lançado pela Columbia Pictures (uma subsidiária da Sony Pictures), conta com a participação de Tom Hanks no elenco e estréia no próximo mês no festival de Cannes, na França. A Sony Pictures é o braço midiático da gigante japonesa Sony Corp.
Amato disse que o livro, escrito por Dan Brown, foi um imenso sucesso em parte por causa da "extrema pobreza cultural de um bom número de cristãos fiéis". (Nas entrelinhas ele - Amato - chamou o resto do mundo de ignorantes, somente ele e a cúpula do vaticano são os que têem cultura). O livro vendeu mais de 40 milhões de cópias no mundo todo. Ao discursar na sexta-feira, Amato afirmou que os cristãos deveriam mostrar-se mais ativos na "rejeição de mentiras e de difamações gratuitas".
Segundo o arcebispo, "se tais mentiras e enganos tivessem sido dirigidos contra o Alcorão ou o Holocausto, eles teriam provocado, justificadamente, um levante mundial. Porém, quando são dirigidos contra a Igreja e os cristãos, propagam-se impunemente".
CRÍTICAS
A mais recente investida de Amato faz parte de uma série de ataques semelhantes contra o livro e o filme. Antes da Páscoa, outra autoridade do Vaticano criticou "O Código Da Vinci" durante um evento no qual Bento 16 estava presente. O livro e o filme foram classificados como novos exemplos de Jesus colocado em leilão por uma onda de arte "pseudo-histórica".
O grupo católico Opus Dei afirmou à Sony Pictures que seria um gesto de respeito à Igreja a exibição de um aviso no filme deixando claro que se trata de uma obra de ficção.
No romance e no filme, a Opus Dei é caracterizada como um grupo secreto que há séculos trabalha para ocultar a verdade sobre Jesus Cristo.
A menos de um mês da estréia do filme, a Opus Dei e outros grupos cristãos vêm divulgando sites na Internet e realizando eventos para dizer que o romance deve ser encarado como uma obra de ficção”.
Porém, quanto mais polêmica em torno da história, mais ela faz sucesso. Dan Brown e toda cúpula envolvida no filme devem estar preocupadíssimos a ponto de não dormirem à noite.
E você? Também se considera pobre culturalmente ou boicotará o filme?
Para ver o "trailer" do filme click no link: http://oglobo.globo.com/videos/0001946.asp#
by - Vincent Benedicto
Quem ainda não leu “O Código da Vinci” de Dan Brown deveria ler. Não terminei de ler ainda, mas posso afirmar que é ótimo. O livro é um "thriller" cujos personagens principais precisam seguir pistas na esperança de encontrar uma importante relíquia religiosa.
“O curador do Louvre foi encontrado assassinado dentro do museu com uma misteriosa mensagem ao lado do corpo. À medida que Langdon e uma talentosa criptógrafa francesa, Sophie Neveu, vão decifrando uma por uma as estranhas charadas que se apresentam, surpreendem-se ao descobrir pistas ocultas na obra de Da Vinci – visíveis a todos, porém engenhosamente disfarçadas pelo pintor”.
O romance gira em torno de um caso internacional de assassinato, centrado nas tentativas de se descobrir um segredo sobre a vida de Cristo, segredo esse que uma sociedade obscura tenta proteger há séculos. A maior revelação do livro é a de que Jesus teria se casado com Maria Madalena e teria tido filhos com ela.
É uma obra de ficção, mas para igreja – toda poderosa, onde até suas moedas são de ouro, que ignora sua própria hipocrisia, esquecendo do que foi no passado e das verdades que ocultam até o dia de hoje – é no mínimo obra do maligno. (Quando eu digo que esquece sua própria hipocrisia, digo convicto pelo significado da palavra. Hipocrisia quer dizer: Vício que consiste em se aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem. Falsidade, fingimento).
Hoje dia 30 de abril de 2006, lendo algumas reportagens no “Reusters” – Agencia internacional de notícias – um artigo escrito por Philip Pullella dizia o seguinte:
“O Vaticano intensificou sua ofensiva contra o filme "O Código Da Vinci" nesta sexta-feira 28/04/2006, dia em que uma autoridade próxima ao papa Bento 16 acusou o livro homônimo de conter várias mentiras anticristãs e convocou os católicos a boicotar o filme.
O mais recente ataque partiu do arcebispo Angelo Amato, o número dois no órgão doutrinário do Vaticano, comandado por Bento 16 antes de ele ser eleito papa, no ano passado. Amato, em declarações dadas durante uma conferência católica realizada em Roma, disse que o livro era "profundamente anticristão" e que estava "cheio de calúnias, ofensas e erros históricos e teológicos a respeito de Jesus, dos Evangelhos e da Igreja".
O arcebispo acrescentou: "Espero que vocês boicotem o filme".
A produção do longa-metragem, lançado pela Columbia Pictures (uma subsidiária da Sony Pictures), conta com a participação de Tom Hanks no elenco e estréia no próximo mês no festival de Cannes, na França. A Sony Pictures é o braço midiático da gigante japonesa Sony Corp.
Amato disse que o livro, escrito por Dan Brown, foi um imenso sucesso em parte por causa da "extrema pobreza cultural de um bom número de cristãos fiéis". (Nas entrelinhas ele - Amato - chamou o resto do mundo de ignorantes, somente ele e a cúpula do vaticano são os que têem cultura). O livro vendeu mais de 40 milhões de cópias no mundo todo. Ao discursar na sexta-feira, Amato afirmou que os cristãos deveriam mostrar-se mais ativos na "rejeição de mentiras e de difamações gratuitas".
Segundo o arcebispo, "se tais mentiras e enganos tivessem sido dirigidos contra o Alcorão ou o Holocausto, eles teriam provocado, justificadamente, um levante mundial. Porém, quando são dirigidos contra a Igreja e os cristãos, propagam-se impunemente".
CRÍTICAS
A mais recente investida de Amato faz parte de uma série de ataques semelhantes contra o livro e o filme. Antes da Páscoa, outra autoridade do Vaticano criticou "O Código Da Vinci" durante um evento no qual Bento 16 estava presente. O livro e o filme foram classificados como novos exemplos de Jesus colocado em leilão por uma onda de arte "pseudo-histórica".
O grupo católico Opus Dei afirmou à Sony Pictures que seria um gesto de respeito à Igreja a exibição de um aviso no filme deixando claro que se trata de uma obra de ficção.
No romance e no filme, a Opus Dei é caracterizada como um grupo secreto que há séculos trabalha para ocultar a verdade sobre Jesus Cristo.
A menos de um mês da estréia do filme, a Opus Dei e outros grupos cristãos vêm divulgando sites na Internet e realizando eventos para dizer que o romance deve ser encarado como uma obra de ficção”.
Porém, quanto mais polêmica em torno da história, mais ela faz sucesso. Dan Brown e toda cúpula envolvida no filme devem estar preocupadíssimos a ponto de não dormirem à noite.
E você? Também se considera pobre culturalmente ou boicotará o filme?
Para ver o "trailer" do filme click no link: http://oglobo.globo.com/videos/0001946.asp#