O respeito as mulheres
No dia 8 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Uma data marcada por lutas históricas, pela igualdade de direitos e autonomia feminina.
A mulher continua vítima de violência física e moral, e seus agressores sem o devido castigo.
Minha opinião é contrária dos que dizem que a luta está ganha.
O caso da menina de Recife foi de um grande desgaste físico e moral.
A criança com apenas nove anos grávida de gêmeos.
Quanta tristeza... Cinco mil anos de opressão não se acabam em poucas décadas, onde há muito a fazer, a construir.
Gostaria de indagar ao bispo:
- Como será que está funcionando a cabecinha desta menina?
Sua vida transcorrerá sem traumas?
Há várias formas de arruinar a vida de um ser!
O mundo como nós o conhecemos é irracional e absurdo, ou pelo menos está além de nossa total compreensão; Nenhuma explicação final pode ser dada para o fato de ele ser da maneira que é.
A crueldade contra a mulher é um fenômeno que atinge toda a sociedade.
Imaginamos então que não há mais esperanças... mas...
A igreja católica amaldiçoa o médica, a mãe – etc. culpando-os pela interrupção da gravidez...
E o estuprador está perdoado – não tirou a vida de ninguém...
Mentalidade medieval!
A Igreja Católica está "200 anos atrás" dos tempos atuais, nas palavras do cardeal italiano Carlo Maria Martini, que morreu na sexta-feira aos 85 anos. A opinião do religioso – que chegou a ser citado como cotado ao papado – foi dada durante a sua última entrevista, gravada em agosto e publicada pelo diário Corriere della Sera, de Milão.
"A nossa cultura envelheceu, as nossas igrejas são grandes e vazias e a burocracia eclesiástica está crescendo, os nossos ritos religiosos e vestimentas são pomposos", afirmou o cardeal na entrevista, em que propôs uma mudança de direção radical.
Milhares de pessoas vêm prestando as suas últimas homenagens a Martini na catedral de Milão, onde ele foi arcebispo por mais de 20 anos, até se aposentar em 2002, já sofrendo do Mal de Parkinson.
Em sua última entrevista, o cardeal afirmou que muitos católicos perderam a confiança na Igreja Católica e defendeu, entre outras adaptações, uma postura mais generosa em relação aos divorciados.
Além disso, ele pediu que a mudança comece no topo com uma "transformação radical, iniciando pelo papa e seus arcebispos".
A incapacidade de compreensão!
A Organização das Nações Unidas (ONU) promove campanha mundial pelo fim da violência contra as mulheres. Segundo a Anistia Internacional, em relatório “Depende de nós” “Pare a violência contra a mulher". Foi divulgado em 2004, que 70% dos assassinatos de mulheres foram praticados por seus parceiros masculinos.
Domingo (8) é um dia para comemorar, mas, é, sobretudo, um dia de luta contra a violência masculina.
Está no ar, desde o dia 18 de novembro, o site www.homenspelofimdaviolencia.com.br,
Sobre a Campanha:
O site faz parte da campanha nacional - "Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres”, lançados pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM).
Trata-se de uma ferramenta eletrônica de coleta de assinaturas.
A iniciativa é uma resposta do Estado brasileiro à convocação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que lançou a campanha mundial "Unite to End Violence Against Women", em fevereiro deste ano, para mobilizar líderes nacionais pelo fim da violência contra as mulheres.
É a primeira vez que uma campanha mundial e nacional relativa à violência de gênero tem o foco nos homens. A justificativa para isso é que a violência contra a mulher é um fenômeno que atinge toda a sociedade. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2005, revelam que a violência contra a mulher responsabiliza por índices expressivos de absenteísmo ao trabalho, pelo crescimento da Aids entre a população feminina e pelo baixo aproveitamento escolar de crianças que a presenciam.
Para a ministra Nilcéa Freire, da SPM, o enfrentamento dessa violência "só será possível com a participação de toda a sociedade, inclusive dos homens".
O objetivo da campanha nacional é a mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres no país. Participam dela, líderes de todos os setores da sociedade brasileira como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, Gilmar Mendes, do Congresso Nacional, Garibaldi Alves, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, o ex-jogador da seleção brasileira de futebol Raí, entre outros.
Ao aderirem à campanha, por meio da coleta assinaturas, os homens se comprometem publicamente a contribuir pela implementação integral da Lei Maria da Penha (11.340/06) e pela efetivação de políticas públicas que visam o fim da violência contra as mulheres. As assinaturas serão incorporadas à ação mundial. Essa campanha conta com a parceria do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Instituto Promundo e da Agende – Ações em Gênero e Cidadania.
Campanha mundial – A campanha "Unite to End Violence Against Women" tem como objetivo mobilizar a opinião pública e os órgãos de decisão em nível mundial para o enfrentamento da violência contra a mulher. Ela dura até 2015 e coincide com a execução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Sua atuação é em três frentes: na promoção de ações em nível global, na priorização de programas em prol das mulheres dentro das Nações Unidas e no estímulo de colaborações com governos e entidades nacionais.
Dados mundiais – De acordo com a OMS, quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex. Pelo menos umas em cada três mulheres apanham, são violentadas ou forçadas a manter relações sexuais em algum momento de sua vida.
No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. É o que revela a pesquisa, de 2001, da Fundação Perseu Abramo. Dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – mostram que, de janeiro a junho deste ano, foram registrados 121.891 atendimentos - um aumento de 107,9% em relação ao mesmo período de 2007 (58.417). De janeiro a setembro de 2008, foram registradas 134 denúncias de cárcere privado. O que significa um crescimento de 91,4% em relação a mesma época de 2007 (70).
. Nos Estados Unidos, uma mulher é espancada por seu marido ou parceiro a cada 15 segundos. Na Inglaterra, por semana, duas mulheres são mortas pelos seus parceiros. No Egito, 35% dizem ter apanhado do marido. Na Zâmbia, cinco mulheres são assassinadas por semana.
O documento revela ainda que na África do Sul, 147 mulheres são estupradas todos os dias.
Na França, 25 mil mulheres são violentadas a cada ano.
Nos Estados Unidos, uma é estuprada a cada 90 segundos.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres da Costa Rica, 67% das mulheres costarriquenhas com mais de 15 anos já sofreram violência física ou sexual em algum momento de suas vidas.
Segundo o Conselho Nacional da Mulher (CONAMU) do Equador, de cada dez equatorianas seis foram vítimas de violência. O Instituto Nacional de Saúde Pública do México revela que 33% das mulheres mexicanas com mais de 15 anos já sofreram abuso e violência.
Na sociedade brasileira existe uma tendência à banalização da violência contra as mulheres. Uma violência que pode ser explícita, como a agressão física ou sexual, ou de outros tipos, como a violência psicológica, difícil de ser denunciada e até percebida pelas mulheres que a vivenciam no seu cotidiano.
No entanto existe um tipo de violência que está “virando moda”: uma violência moral, explícita e pública. Em nosso país, esse tipo de violência é veiculado em versos e rimas de canções, - Repetidas em refrões por vozes nas alturas, reboladas freneticamente em shows e festas públicas e propagadas pela mídia em geral.
Para que servem essas canções? O que motiva alguns homens a demonstrarem tão explicitamente sua aversão às mulheres através da música?
Respeito pelas Mulheres é uma obrigação que deveria ser estabelecido pelos governos mundial...