O Desfile
O dia começou hoje, pra mim, com um desfile surpreendente. Muitas foram as mulheres que aqui vieram, hoje cedo, passear em minha casa. Rodopiando, rindo, fazendo caras e bocas, cantando, dançando, e algumas até fazendo requebradinho. De vez em quando, uma delas parava e me sussurrava algo ao pé do ouvido. Todas lindas, maravilhosas. Outras loucas, misteriosas. E assim comecei o dia!
Vieram Carolina, A Rita e Angélica, do Chico, e também, a Nara, aquela leoa, sem a qual o Chico não vinha... E esse trouxe, de braço dado, A Rosa, do Djavan. As Luízas do Tom e aquela sem nome, A Garota, que flertou com ele e Vinícius ao mesmo tempo, essas também foram passando.
A “Mulher” do Erasmo, essa foi quem abriu o desfile. Toda prosa estavam a Maria Joana, de Sidney Miller e A Morena do Mar, de Dorival Caymmi. Tom também trouxe sua Bonita, e Francis sua Teresa, que se acabou de sambar.
Milton trouxe aquelas gêmeas, que se confundiam até nos nomes: Maria, Maria. Para elas, e todas aquelas que, com sua força representaram e que não puderam vir, tirei o chapéu.
A poderosa Capitu, antes só de Machado, e que há pouco se soube ter tido um caso com o Luiz Tatit, aquela que se transformou em outra lá na casa da Zélia, também pintou por aqui.
Chico César trouxe a sua Mama África e César Nascimento aquela sua “Uma Mulher”, sim a que faz de qualquer homem o que ela quiser. Nossa, foram tantas!
Lembro-me ainda da romântica Helena, também de Machado, da forte Aurélia, do Alencar, da diabólica Dona Santa, da Michele, e das anônimas: Isabel, Surama, Cleonice, Patrícia, Elaine, Teca, Quésia, Íris, Simone, Marlene, Margit, Alessandra, Luciene, das Anas, Frieda etc., todas as mulheres que, com esta crônica, por esse 8 de Março - Dia Internacional da Mulher - quis homenagear.
E Viva Nóiiiiiis! :-)