A nós mulheres... Todas necessárias!!!
Sempre quando escuto alguém dizer que antigamente era melhor, questiono este olhar, porque penso que se “bem antigamente” fizesse parte deste universo, no mínimo teria sido queimada viva.Isso mesmo, queimada , lançada ao fogo talvez até como bruxa (de acordo com a cultura da época), não entraria em igreja, seria hipócrita na hora do ápice a dois, fingindo não ter orgasmo, teria meus sonhos castrados...Ah, só de pensar de passar o dia lavando, passando, varrendo...Sem acesso às letras, à pesquisa, ao teatro, música, dança...Nossa!Como Deus é bom!Nasci séculos depois. Depois da questionável” libertação dos escravos”...Ora, negro nem era considerado gente, imagino aquelas mulheres escravas com seus filhos arrebatados de seus braços...O cenário desumano de assistir ao triste espetáculo de ver seus filhos jogados a correnteza marítima...Como aquelas mulheres devem ter morrido por dentro, e como se não bastasse ainda ter que “servir satisfatoriamente”, aqueles homens que passavam de “quarenta dias “ sem tomar banho,sem asseio.Sinceramente, sinto falta não, prefiro agora.Páginas de pura desumanização, dizer que as mulheres antes eram mais honestas, mais puras...Tenho minhas dúvidas!Sinto pena tanto das mulheres brancas, como das negras deste passado inescrupuloso da história.Agora por que refiro-me desta maneira?!Fácil explicar... As brancas eram escravas da cultura, quando de família nobre aprendiam apenas o que lhes eram imposto e necessário a vida burguesa doméstica,se murmurassem na cama, seriam penalizadas(também tenho cá minhas dúvidas, não servi de travesseiro pra saber e nem ninguém).Quanto as negras, no mínimo engravidavam de seus senhores, eram abusadas sexualmente e não tinham o direito de educar seus filhos, nem de prestar culto as divindades que acreditava existir, eram torturadas, maltratadas, excluídas.
Portanto, fico a pensar que as pessoas pouco ou nunca se dão conta que alma não tem cor, que ainda convivemos com uma falsa liberdade, porque no passado as falsas idéias de igualdade, liberdade e fraternidade, pressupunha uma sociedade homogênia, desconsiderando a heterogeneidade, a diversidade sócio cultural construída, onde o estereotipo de beleza passa longe do seu real valor.
Nos dias atuais logicamente ainda existe a “hipocrisia” dos conceitos etnicos raciais, por exemplo, mas também há um leque de abertura para o envolvimento das mulheres na área profissional independentemente de raça. As mulheres a cada dia conquistam seu espaço na sociedade, pensam ,fazem intervenções nas decisões políticas sociais, amam, são em sua maioria vaidosas, independentes, mães, amigas, companheiras... Todas necessárias à vida, cada uma com suas peculiaridades próprias.
Por fim, a mulher é um ser indispensável, maravilhoso... Nela, a fertilidade da vida, o abrigo que antecede a luz, a abertura dos olhos, das mãos. A alegria cantada no primeiro choro da criança ao saudar um mundo novo... Cheio de mutações constantes.
Todas nós somos belas, em nossa forma de ser e dependendo do nosso proceder enquanto mulheres que somos, temos alma feminina, florida de sonhos, amores, dores até. Entretanto, devemos sorrir a cada pontilhado de alegria vivido. Particularmente, amo ter nascido mulher, transbordar o gosto pela vida, dá sabor e sentir sabor no amor partilhado, sentir-me alegre, jovem, acesa mesmo quando aparece uma nuvem cinzenta em meu viver... Sempre haverá esta dinâmica em nosso ser, pensar e existir.










-Que todas as mulheres tenham um lindo sorriso no rosto, derramando sensibilidade, amor, harmonia, saúde e gosto pela vida, pois somos membros do sítio primoroso de um corpo e de uma alma que precisam usufruir das delícias naturais que nos cercam-Parabéns!!!



 

 

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 07/03/2009
Reeditado em 14/09/2022
Código do texto: T1474352
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