A Vida N’uma Pintura

Olhando pela vastidão dos lugares os quais se passa, ou mesmo se passeia sem nenhum tipo de interesse especial, pode-se observar todo o tipo de sucesso. É interessante você caminhar sem nenhum pensamento reverberando e tomando sua mente, em intentos e propósitos diversos; nestas horas é que se observa os fatos mais diferentes.

Primeiro as pessoas.

Elas caminham olhando – Pelo menos agora – com o olhar meio vago e perdido, ou com tanta perturbação aparente de querer te matar.

Cingem as vistas de um ódio inerente e semi-permanente nas nossas meninas dos olhos, fazendo-nos pensar se devemos ou não entregar de imediato a carteira; já sobre os vagos, bem, eles são vagos e não há nada de mais nisso.

Contudo, o mais impressionante são aqueles sucessos os quais se pensa não haver mais espaço no imediatismo mundista, que se ocorram.

Em meio a imensidão de pessoas trespassando o local a sua volta, preocupadas e dispersas pelo clangor e correr do mundo – Não da vida – ainda se pode observar dois jovens, uma moça e um garoto; sentados embaixo duma arvore, ternamente observando um o outro, seus semblantes de feição cândida, bem próximo de uma praça.

E lá eles, talvez já há muito namorados, ou jovens conhecendo o doce sabor, enamorados apenas do frisar; quem sabe até admirando-se, no querer descobrir se o tempo passa, ou se ele parou por aqueles eternos instantes.

E de fato, sucessos como estes ainda se dão.

Se não no romantismo exacerbado deste autor o qual vos transcreve o ocorrido, ao menos no caixa do supermercado, parando os dois apaixonados para meigos gestos.

Talvez se olhássemos o mundo com observar sincero, como quando admiramos um pintura, ou um filme de grande estardalhaço e comoção, víssemos coisas deste gênero – A qual esta em verdade, vale mais que uma crônica, e sim um conto futuro.

-Como o Astrônomo, que primeiro observa os céus,

para estar com eles em breve, ou na próxima vida...